Dados de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA indica que que 51% dos brasileiros são favoráveis ao controle da comunicação feita por meio de aplicativos de mensagens, em sites e plataformas com mecanismos de busca. Já 38% não consideram a regulação necessária e, outros 11%, não souberam ou não opinaram.
A pesquisa foi feita em meio a discussões sobre o Projeto de Lei que criminaliza o compartilhamento de notícias falsas na internet e os entrevistados também foram questionados sobre o tema.
Nesse contexto, 63% dos entrevistados responderam que já ouviram falar nesta proposta que está tramitando no Congresso Nacional com objetivo de regular a internet, os aplicativos de mensagens e sites com mecanismos de busca. Outros 33% disseram que não ouviram falar e 4% não souberam ou não opinaram.
Questionados se o controle da internet é uma atitude democrática, 49% dos entrevistados responderam sim contra 38% que responderam não. Outros 14% não opinaram. Os entrevistados também responderam com que frequência têm o hábito de consultar a fonte de alguma notícia antes de repassar a informação via WhatsApp. Os que responderam consultar sempre somaram 32,8%. Outros 13,6% consultam algumas vezes e 7,1% nunca consultam.
Tem também os que consultam raramente que totalizam 7,6% e os que não acessam notícias compartilhadas pelo WhatsApp. Estes somam 6,4%. Os que não souberam responder ou não opinaram somam 0,7%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 14 de maio. Ao todo, foram ouvidas 2002 pessoas de forma presencial. O nível de confiança é de 95%.
A regulação das redes sociais é um tema complexo que tem sido objeto de discussão em muitos países. No Brasil, o Marco Civil da Internet (2014) e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (2018) já estabeleceram algumas regras para o uso da internet. No entanto, o Projeto de Lei 2.630/2020 busca instituir a "Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet", que visa combater a disseminação de conteúdo falso nas redes sociais e responsabilizar empresas como Facebook, Twitter, WhatsApp e Telegram por não tomarem medidas para frear a desinformação.