APetrobras deverá vender o gás natural necessário para o funcionamento da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados) da Petrobras, em Três Lagoas. Esse foi um dos entraves que inviabilizou a compra da fábrica pela empresa russa Acron Group, no ano passado.
A Acron havia fechado acordo com a estatal boliviana de energia YPFB para o fornecimento de gás às fábricas que a empresa iria comprar, mas com a saída do presidente Evo Morales do cargo, os russos desistiram da negociação.
O anúncio do possível fornecimento do gás pela Petrobras foi feito nesta semana pela senadora Simone Tebet (MDB/MS).
SOZINHA
Outro ponto que a senadora considerou positivo foi a decisão da Petrobras em deixar de vincular a venda da UFN 3 à da Ansa (Araucária Nitrogenados), fábrica de fertilizantes do Paraná que dá prejuízos há pelo menos cinco anos, segundo a estatal.
“Essa fábrica será a ‘galinha dos ovos de ouro’ porque tem potencial de gerar mais de 10 mil empregos diretos e indiretos no Mato Grosso do Sul e trará o impacto positivo para o Brasil”, disse a senadora, ressaltando que esses dois pontos “são fundamentais” para incentivar o interesse de diversas empresas na licitação, inclusive o da Acron, que estava em avançado processo de negociação em 2019.
“Foi difícil vender porque eles amarraram a venda a uma fábrica que dava prejuízo no Paraná. Agora, também não vamos mais precisar do gás da Bolívia. Quem sabe já no final do ano teremos a retomada dessa fábrica”, previu a senadora.
Ainda de acordo com Simone, a Petrobras poderá lançar em fevereiro as novas regras da licitação da UFN 3.
Em dezembro de 2019 completou cinco anos de paralisação das obras, com 82% do cronograma físico concluído.