A retomada das obras para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenado (UFN III) de Três Lagoas, não estão incluídas no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 da Petrobras, apresentado, ontem, 29. As obras da fábrica de fertilizantes estão paradas desde o final de 2014, e continuam sem previsão de quando serão concluídas.
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou Plano de Negócios e Gestão de 2015 a 2019, com metas a serem alcançadas. O Plano também prevê esforços na reestruturação de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais num total de US$ 42,6 bilhões em 2017/2018.
A carteira de investimentos do Plano prioriza projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil, com ênfase no pré-sal. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural. Os investimentos totais foram reduzidos em 37% quando comparados ao Plano anterior.
De acordo com a Petrobras, no Abastecimento serão investidos US$ 12,8 bilhões, sendo 69% em manutenção e infraestrutura, 11% na conclusão das obras da Refinaria Abreu e Lima, 10% na Distribuição. Os demais 10% incluem investimentos no Comperj para recepção e tratamento de gás, manutenção de equipamentos, dentre outros. A estatal não incluiu a conclusão das obras da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas dentro do plano de investimentos divulgado ontem.
A UFN III, orçada inicialmente em R$ 3,9 bilhões, era para ter entrado em operação em setembro do ano passado, depois adiaram para dezembro de 2014 e, posteriormente, para o primeiro semestre de 2015. Entretanto, com o rompimento do contrato com o Consórcio UFN 3 no final do ano passado, a Petrobras ainda não divulgou nova data para o funcionamento desta fábrica que tem a função de diminuir a importação em 70% aproximadamente em fertilizantes utilizados na agricultura do país. Segundo a própria Petrobras, até o momento a companhia já gastou R$ 3,21 bilhões nesta obra.
As obras de construção da fábrica de fertilizantes nitrogenados estão paradas desde dezembro do ano passado, quando a Petrobras rompeu o contrato com o Consórcio UFN 3, formado pelas empresas Sinopec e Galvão Engenharia, esta última envolvida na Operação Lava Jato da Polícia Federal.