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Petrobras não consegue desbloquear recursos retido para pagar credores

Montante está bloqueado desde 2015, mas fornecedores do consórcio UFN3 não receberam até hoje

Montante está bloqueado desde 2015, mas fornecedores do consórcio UFN3 não receberam até hoje - Arquivo /JPNEWS
Montante está bloqueado desde 2015, mas fornecedores do consórcio UFN3 não receberam até hoje - Arquivo /JPNEWS

A juíza da Vara de Fazenda e registros Públicos de Três Lagoas, Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, não acatou recurso apresentado pela Petrobras para desbloquear R$ 36 milhões da conta da estatal. O montante está bloqueado desde 2015, quando a própria magistrada decidiu reter o valor para pagamento de uma dívida com os fornecedores, deixada pelo Consórcio UFN 3, responsável pela construção da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas. 

Em agosto do ano passado, porém, a própria juíza indeferiu uma ação coletiva movida pelo Ministério Público para o pagamento dos fornecedores. A magistral alegou que, seria difícil comprovar se todos os credores que faziam parte da ação integravam a planilha dos que, realmente forneceram serviços.

Em razão da decisão, a Petrobras apresentou recurso para que os valores também fossem desbloqueados em razão do indeferimento do pedido. Na semana passada, porém, a juíza não acatou, pois argumentou que existem ações individuais na Justiça, inclusive, com pedidos de penhoras contra a estatal.

ALTERNATIVA
Enquanto não conseguem receber os valores por meio de decisão judicial, os credores têm a possibilidade de reaver os direitos por meio de uma acordo com a Sinopec, empresa que formava o Consórcio UFN 3 com a Galvão Engenharia. A empresa propôs pagar 15% dos 35% da dívida que ela alega ser de sua responsabilidade, não só dos empresários de Três Lagoas, mas de outras regiões. Em reunião na semana passada, porém, os credores recusaram a proposta da Sinopec, que entrou na Justiça carioca com pedido de recuperação judicial. A cláusula 5.7 do plano de recuperação prevê que a empresa assuma 35% das dívidas.

Segundo o advogado dos fornecedores, Humberto Garcia, os empresários votaram pela retirada dessa cláusula para que a Sinopec fique responsável por 100% da dívida. “Caso contrário, a empresa terá decretada sua falência”, explicou o advogado.