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Polêmico, horário de verão diverge opinião de paranaibenses

Desde 1985 o horário de verão é adotado no Brasil, o principal foco é a economia

O parque Espelho d'Água é um dos principais pontos utilizados pela população no verão - Arquivo/JPNEWS
O parque Espelho d'Água é um dos principais pontos utilizados pela população no verão - Arquivo/JPNEWS

Quatro de novembro. Início do pesadelo de alguns e, por outro lado, dia esperado por muitos. A meia noite tem início o horário de verão, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, são os estados que adiantam o relógio em uma hora.

Em Paranaíba (MS), o tema gera polêmica, alguns amam o novo horário, já outros, como da estudante Sabrina Godói e Silva, 24, que acorda às 6h para ir para a faculdade afirma sofrer com a adaptação. “É muito estranho à adaptação, porque parece que eu durmo menos, sempre durmo mais tarde e acordo cansado, sem falar do calor”, disse.

Cardiologista e diretor de pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Distrito Federal, Fausto Stauffer diz que os primeiros dias da mudança são mais difíceis para adaptação. Por isso, ressalta, é importante que as pessoas comecem a se programar para dormir mais cedo. “Antecipando de 20 a 40 minutos o horário de ir para a cama melhora a qualidade do sono, porque o pior momento do horário de verão é a fase inicial em que as pessoas sentem mais cansaço, e cumprem as atividades de forma mais lenta”, explica.

Já o professor Rogério Moreira, de 32 anos, não vê diferença e acha fácil a adaptação. “Dizem que o horário de verão foi criado para economia de energia e eu adoro o horário de verão justamente porque amanhece mais cedo e anoitece mais tarde, dá pra aproveitar melhor o dia”, assinala ele.

Quem também segue a mesma visão é Diego Oliveira, estudante de 19 anos. Oliveira reconhece que é difícil a adaptação, mas que prefere a mudança de horário. “Acredito que o horário de verão, apesar das dificuldades de se adaptar a ele no início, ainda é válido devido a economia de energia que ele gera e eu prefiro o horário de verão, pois dá para aproveitar melhor o dia”, contou o estudante.

“Acredito que Paranaíba deveria adotar o horário oficial de Brasília, pois facilita a comunicação com pessoas de outros Estados, que geralmente confundem os fusos”, observou Oliveira.

Para a vendedora Katiuscia Tamarozzi, 35, é indiferente a mudança. “Não vejo diferença, tenho que trabalhar e tocar a vida do mesmo jeito, eu danço conforme a música”, brincou a vendedora.

Iasmim Oliveira, 22, auxiliar de produção, defende o horário o verão e acredita que o dia passa mais rápido. Ela acorda 5h para entrar no trabalho. "Prefiro ele [horário de verão], não tem nada pior do que um dia demorado no trabalho, cansa demais, o ruim é pra quem levanta pra trabalhar de madrugada, igual a mim, mas tem os prós e contras", conta.

Desde 1985 o horário de verão é adotado no Brasil, o principal foco é a economia, em 2016/2017, por exemplo, foram economizados R$159 milhões, segundo o Ministério de Minas e Energia.

Em 2018 a extinção do horário chegou a ser debatida no senado, porém mais uma vez nada foi modificado. O tão polêmico começará à meia-noite do dia 4 de novembro, um domingo, e termina em 16 de fevereiro de 2019, o terceiro sábado do mês, como é tradicional. Serão pouco mais de três meses com o relógio adiantado em uma hora.