Desde o dia 1º de janeiro, a alíquota do diesel voltou para 17% em todo o Estado. O reajuste já era previsto, uma vez que o projeto de redução da alíquota tinha duração de seis mese e, com isso, o aumento no preço do combustível começou a ser repassado e o consumidor, a pagar mais caro.
Em Três Lagoas, segundo estatísticas da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o diesel comum era comercializado, até a última semana de dezembro, a R$ 3,034, em média. O valor máximo apontado no levantamento era de R$ 3,148 e o mínimo, R$ 2,780.
Já nesta semana, os preços começaram a subir. Dos quatro postos de combustíveis pesquisados pela reportagem do JPNews, dois estava comercializando o combustível a R$ 3,38 o litro. Em outros dois ainda não havia sido registradas alterações nos preços, sendo comercializados a R$ 2,95 e a R$ 3,019 o litro. Os preços do diesel S10 também deverão ser reajustados, chegando a até R$ 3,40 o litro.
De acordo com Mário Cesar Neves, um dos diretores do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), o reajuste da alíquota resultou no aumento médio de R$ 0,20 no preço do óleo diesel nas bombas, média de 6% de alta. “Essa alta já era esperada porque, quando anunciada a redução, foi dito que ela seria por seis meses para uma nova análise do governo do Estado”.
A categoria, no entanto, espera que alguma nova medida seja adotada pelo governo estadual para que o combustível torne-se competitivo novamente. “O nosso papel foi fornecer todos os dados necessários para essa análise do governo do Estado. [A redução da alíquota] teve resultados positivos. Somente em dezembro, tivemos um aumento de 42% nas vendas. Na média, que tem sido usada pelo Estado, não dá isso. Mas ficou claro que houve uma curva crescente. Agora vamos aguardar se haverá a redução para os 12% ou outra medida. Trata-se de uma análise política e econômica do Estado”, explicou.
DESABASTECIMENTO
O diretor do Sinpetro também confirmou a falta de combustíveis da bandeira da Petrobras em postos de Campo Grande. De acordo com ele, o desabastecimento deve-se ao aumento da demanda registrada no período de festas, quando aumenta-se o número de viagens e, consequentemente, o aumento no consumo de combustíveis.
Mário Cesar explicou que o sindicato não foi informado sobre o desabastecimento em postos do interior. Mas disse ser possível. “Todas as distribuidoras estão concentradas em Campo Grande. Se faltar por aqui, é possível que afete outros municípios”, comentou. Em Três Lagoas, a reportagem recebeu a informação de falta de combustível em pelo menos um posto”, explicou.