Veículos de Comunicação

4

Preços gerais têm deflação de 0,85% em janeiro

No acumulado de 12 meses até janeiro, o IGP-10 registra elevação de 8,23%

O Índice Geral de Preços -10 (IGP-10), divulgado hoje (16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve deflação de 0,85% em janeiro. O resultado ficou abaixo do verificado em dezembro, quando o índice teve leve alta de 0,03%. No acumulado de 12 meses até janeiro, o IGP-10 registra elevação de 8,23%.

Entre os indicadores que compõem o IGP-10, o que mede a evolução dos preços por atacado (IPA) teve deflação de 1,50% em janeiro, após a taxa de -0,22% verificada no mês anterior. O movimento foi influenciado pelos preços dos bens finais, que, depois de recuarem 0,16% em dezembro, tiveram queda ainda mais acentuada em janeiro, de 0,93%, puxados principalmente por veículos e acessórios (de 0,76% para -7,53%).

Os bens intermediários tiveram comportamento semelhante na passagem de dezembro para janeiro, passando de -0,88% para -1,80%. Quatro dos cinco subgrupos que compõem o indicador apresentaram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura (de -0,30% para -2,42%). Também houve desaceleração no índice relativo às matérias-primas brutas, que passaram de 0,71% para -1,67% no período. O resultado foi influenciado pelos preços de tomate (de 64,28% para -9,26%), bovinos (de -2,19% para -6,75%) e minério de ferro (de 7,53% para 0,61%). Em sentido oposto, tiveram alta de preços ou quedas menos acentuadas milho (de -5,67% para 3,50%), arroz (de -7,29% para -4,31%) e leite in natura (de -2,73% para 1,33%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor teve alta de 0,62% em janeiro, mesmo resultado apurado no mês anterior. Cinco das sete classes de despesa tiveram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para educação, leitura e recreação (de 0,41% para 1,22%), influenciada pela alta nos preços dos cursos formais (de 0,00% para 1,68%); e transportes (de 0,31% para 0,83%), puxados pelos reajustes em tarifa de ônibus urbano (de 0,19% para 1,50%). Os grupos despesas diversas (de 0,22% para 0,29%), saúde e cuidados pessoais (de 0,59% para 0,62%) e vestuário (de 0,37% para 0,40%) também apresentaram acréscimos em suas taxas de variação.

Em movimento oposto, foram verificadas desacelerações nas taxas de habitação (de 0,57% para 0,29%), com destaque para eletricidade residencial (0,74% para 0,02%);  e alimentação (1,00% para 0,81%), influenciada pela queda dos preços de laticínios (de 1,41% para -0,21%).

Último componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também desacelerou na passagem de dezembro para janeiro, registrando alta de 0,17%, menos intensa do que a elevação de 0,33% no mês anterior. O movimento foi puxado pelos preços dos materiais (de 0,47% para 0,17%) e da mão-de-oba (de 0,14% para 0,00%). Já os serviços tiveram acréscimo em sua taxa, passando de 0,57% para 1,05%.

 


O IGP-10 registra a inflação de preços desde matérias primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais e utiliza a mesma metodologia aplicada para calcular o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) e o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), que servem para reajustar, por exemplo, contratos de aluguel. A única diferença entre eles é o período de coleta de preços. No caso do IGP-10, o cálculo é realizado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.