O presidente da Câmara de Vereadores de Três Lagoas, Cassiano Maia, disse que o Legislativo vai buscar informações para ajudar a destravar o processo para a retomada da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3) da Petrobras.
Planejada para contribuir com a redução da importação de fertilizantes, a UFN3, em Três Lagoas, vai completar sete anos parada. Projetada para produzir 3.600 toneladas/ dia de ureia e 2.200 t/dia de amônia, UFN 3 teria um papel importante para o país se estivesse em funcionamento.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, já adiantou que, em 2022, o Brasil poderá enfrentar problemas com a falta de fertilizantes já que a China pode reduzir a importação do produto. A maioria do fertilizante utilizado no Brasil vem da China.
A Petrobras colocou a UFN 3 à venda em setembro de 2017. Depois de alguns contratempos, com questionamentos do Tribunal de Contas e do Supremo Tribunal Federal, o processo de venda sofreu algumas paralisações e foi retomado em fevereiro do ano passado.
A previsão era de que até o final do ano passado, a estatal concluísse o processo de venda, e assinasse o contrato com a empresa vencedora do certame. No entanto, não houve o interesse de nenhuma empresa em adquirir a fábrica.
A Petrobras, no entanto, não informou se houve nova proposta e nem comentou de como está atualmente o processo de venda da fábrica.
Na sessão desta segunda-feira, o presidente da Câmara de Vereadores de Três Lagoas, Cassiano Maia, usou a tribuna do Legislativo, para falar da importância da retomada desta obra, e se colocou à disposição para tentar destravar esse processo.
A lei que autorizou a prefeitura doar a área para a Petrobras construir a UFN 3 previa ainda que se a obra não fosse concluída dentro do prazo, o terreno voltaria para o município com todos os investimentos – algo hoje em torno de R$ 3 bilhões.
Mas, em março de 2018, a Câmara Municipal autorizou a prefeitura prorrogar o prazo para a Petrobras concluir a fábrica. Pela lei, a estatal, impreterivelmente, teria até 23 de março de 2022 para concluir a obra. No entanto, faltando cinco meses para o término do prazo, a fábrica se quer foi retomada.
A prefeitura e a Câmara, no entanto, entendem que o mais viável ainda é a prorrogação do prazo, já que entendem que o empreendimento é de extrema importância. O presidente da Câmara disse que é preciso um melhor entendimento para discutir sobre o assunto.