O presidente da Fibria, Marcelo Castelli, se reuniu ontem, com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para discutirem mais investimentos no segmento de celulose e papel em Mato Grosso do Sul. Durante a reunião, que aconteceu na governadoria, Castelli reafirmou que a empresa mantém o posicionamento de expandir a fábrica em Três Lagoas, no entanto, aguarda o parecer do conselho de administração da Fibria. “Temos um projeto de expansão sendo analisado pelo conselho de administração da Fibria, que é mais do que duplicar nossa fábrica em Três Lagoas”, disse.
Além disso, segundo o presidente da Fibria, o encontro com o governador serviu para conhecer as características de gestão do novo governo e apresentar os planos da empresa para o Estado. Durante o encontro, Castelli anunciou que novas parcerias serão estabelecidas. “A primeira impressão foi muito positiva. Saímos com a sensação de que há possibilidade de a Fibria investir mais e mais no Estado”, avaliou. O secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, também participou do encontro.
Na semana passada, inclusive, o governador Reinaldo Azambuja esteve no Rio de Janeiro, onde conversou com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, sobre o segmento da celulose e papel em Mato Grosso do Sul.Segundo o governador, a ampliação do setor foi apresentada como prioridade pelo presidente do BNDES. “Temos grandes projetos que têm o interesse do governo do Estado e o presidente do BNDES disse que vai aportar recursos para ampliar esse segmento em Mato Grosso do Sul, desde que sejam projetos bem concebidos e com viabilidade”, enfatizou o governador.
EXPANSÃO
Desde o ano passado a Fibria vem prorrogando o prazo para decidir se vai ou não instalar a segunda linha de produção em Três Lagoas. A companhia havia dito que esta decisão seria tomada em 2014, quando em junho, levaria ao conselho de administração a proposta de duplicar a capacidade de produção da fábrica de celulose, o que não aconteceu. Depois informou que a decisão seria tomada ainda no segundo semestre de 2014. Por último, disse que a decisão ficou para o primeiro trimestre de 2015.
O presidente da Fibria disse que houve avanço no detalhamento do projeto, entretanto, fornecedores da nova planta pediram mais um tempo para entregar propostas técnicas, o que atrasou o cronograma.Caso o projeto de expansão seja aprovado nesse trimestre ainda, a ideia da companhia é de que a segundo unidade da Fibria em Três Lagoas entre em operação no fim de 2017.
Com a ampliação da fábrica, projeto orçado em cerca de US$ 2,5 bilhões, a nova linha poderá produzir até 1,75 milhão de toneladas anuais, consolidando Três Lagoas como a maior unidade da empresa. Atualmente a Fibria produz 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano no município. Três Lagoas, segundo o presidente, já é o menor custo de produção da Fibria e a segunda linha será ainda mais competitiva.