Os trabalhadores da fábrica de celulose Suzano em Três Lagoas estão em estado de greve. O presidente do sindicato, Almir Morgão, concedeu entrevista no RCN Notícias, desta segunda-feira (8), e disse que já entrou em contato com outros sindicatos da Bahia, de São Paulo e Espirito Santo para obter apoio as manifestações em Três Lagoas. A decisão em entrar em estado de greve, segundo Morgão, deve- se ao não avanço nas negociações com a empresa.
A última tentativa foi nesta sexta-feira (5), mas não houve evolução nas negociações. Segundo Morgão, a empresa disse que não tem proposta. Ainda de acordo com Almir, o sindicato pleiteia, além da correção da inflação, mais 3% de reajuste salarial, bem como a correção da inflação sobre os demais benefícios que os trabalhadores recebem. Além disso, o sindicato quer a manutenção de auxílio medicamento e do plano nacional de saúde que os funcionários têm há 12 anos. O sindicalista explicou que 40% dos trabalhadores são oriundos de outros estados e precisam de um plano de saúde com cobertura nacional, pois estão sempre viajando e não podem ficar desassistidos.
Somente na parte industrial, as duas unidades da Suzano na cidade empregam mais de mil trabalhadores. Destes, cerca de 800 são funcionários diretos e os demais de empresas terceirizadas.
Por meio de nota, a fábrica de celulose Suzano se manifestou afirmando estar sempre aberta ao diálogo e que sempre participa das negociações sindicais.