Nos últimos 12 meses, o agronegócio brasileiro conquistou uma expansão de mercado considerável, abrindo 48 novos mercados agrícolas em vários países do mundo, ampliando assim as possibilidades comerciais do Brasil no mercado internacional.
Esse crescimento trouxe ainda mais musculatura para o segmento que está sendo um dos protagonistas de boas notícias durante esse período de pandemia do novo coronavírus, inclusive com a confirmação de mais um recorde de produção. O Brasil deve produzir 251,904 milhões de toneladas de grãos na safra 2019/2020, de acordo com estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Maurício Saito, em entrevista ao Cenário CBN 2020, afirma que o agro brasileiro, apesar das diversidades do momento, vai continuar crescendo. “Três pilares nos trazem essa certeza de crescimento. A primeira delas é o produtor rural, que a cada dia se aprimora, em segundo é a ciência e tecnologia, grandes aliadas do setor e em terceiro o fortalecimento das instituições no país”, disse Saito.
O dirigente também destacou que a maior preocupação em tempos de pandemia tem sido a estrutura de transportes no país. Segundo ele, o investimento em logística de transporte ainda continua sendo um gargalo que impeça um desenvolvimento mais acelerado do setor agro no país.
Sobre a política entorno do agro, envolvendo a ministra Tereza Cristina, que após a saída do ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, do governo, também sofreu algumas pressões, Saito destacou que a çaministra vem desenvolvendo um excelente trabalho e que de forma técnica, tem conseguido avanços dentro e fora do Brasil.
Plano Safra
Maurício Saito também destacou a expectativa para o Plano Safra 2020/2021, que deve ser anunciado com uma antecipação de duas a três semanas em comparação com a divulgação feita em anos anteriores. Estima-se que os detalhes sejam divulgados na primeira quinzena de junho. Outra expectativa é em relação aos valores divulgados, já que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, solicitou ao ministro da Economia, Paulo Guedes o aumento da verba fornecida pelo Tesouro Nacional para subsídio do crédito rural. A intenção é contar com um aporte de R$ 15 bilhões. No último plano, a cifra disponibilizada ficou em R$ 10 bilhões. A expectativa é de com mais recursos públicos, seja possível diminuir os juros para contratação de financiamentos, principal demanda de produtores rurais.