A professora Iaponira Fernandes Beserra usou sua conta no facebook para denunciar a falta de lanche de qualidade na Escola Municipal João Chaves dos Santos, no distrito Vila Raimundo, em Paranaíba. Segundo a postagem, quando há leite alta pão, quando tem pão é servido chá.
“Pois é, hoje tem leite, mas não tem pão essa, essa é a realidade da merenda de Paranaíba”, postou ela.
A escola que atende cerca de 120 alunos da zona rural, entre pré e terceiro colegial (em caráter de extensão no município na escola Wladislau Garcia Gomes) serve café da manhã, almoço e merenda antes de os alunos serem dispensados, explica a diretora Marcilene ferreira. “Como eles tomam café em casa, a nossa primeira refeição aqui é apenas para reforçar e eles aguentarem esperar até o almoço”, disse ela.
Quanto à foto e as reclamações da professora, ela disse que ainda não viu, mas garantiu que os alimentos fotografados estavam em cima da mesa na sala dos professores e não a disposição para os alunos. “Ainda não vi, estava ocupada, mas a foto foi retirada do café que é servido aos professores”, pontuou Ferreira.
Segundo a diretora do departamento de educação, Fátima Dutra, apenas as sextas-feiras a escola serve a, pois o contrato com a fornecedora de pão prevê entrega de segunda a quinta-feira. “Servir o pão na sexta causa desperdício, pois não temos expediente nos outros dois dias, mas o cardápio é elaborado por duas nutricionistas exclusivas do setor da educação, que fazem variação dos alimentos que são servidos”, explicou ela.
Dutra esclarece ainda, que a principal refeição do dia é o almoço, por isso é onde as crianças comem com reforço e se alimentam de forma melhor. “O café é complemento, eles já tomam em casa, nós apenas damos um reforço para que eles aguentem até a hora do almoço”, finalizou.
Na postagem da professora inúmeras pessoas acompanharam a crítica e expuseram suas opiniões. “Com este tempinho de frio as crianças ficam com mais fome é uma covardia”, escreveu Neide Adriana.
Em outra publicação Iaponira questiona o fato de uma licitação realizada pela prefeitura que contratou mais de R$100 mil reais em salgados, quibes e empadas. “Não tem leite para os alunos , então servem chá, porém dinheiro para salgadinho não falta”, reivindicou ela.
A professora foi procurada, mas até o fechamento dessa matéria não respondeu as mensagem do Jornal do Povo e o celular dela estava desligado.