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Público fica entusiasmado e aplaude o nível das palestras

A agenda ESG foi um dos principais destaques no 1º Fórum RCN de Sustentabilidade

Palestrantes com os diretores do Grupo RCN, Rosário Congro Neto e Estêvão Congro, ao final do Fórum - Celso Magalhães
Palestrantes com os diretores do Grupo RCN, Rosário Congro Neto e Estêvão Congro, ao final do Fórum - Celso Magalhães

Cerca de 300 convidados participaram do 1º Fórum RCN de Sustentabilidade, incluindo autoridades, empresários, técnicos, gestores das iniciativas privada e pública, parceiros e patrocinadores. O presidente Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Jerson Domingos reafirmou a relevância para MS dos temas abordados no fórum. “Mato Grosso do Sul é um estado privilegiado com uma riqueza ambiental diferenciada. E esse é o momento de abrir uma discussão para que tenhamos uma legislação específica para o Pantanal, que oferta muito e não é recompensado por absolutamente nada”, apontou. 

A agenda ESG foi um dos principais assuntos e para o diretor de Relações Institucionais da Paper Excellence, Amaury Pekelman, acompanhar o debate reforça a necessidade da autoavaliação das práticas ambientais de cada empresa. “As palestras foram muito boas, elas agregam muito no aspecto de você olhar internamente a sua empresa, como você está trabalhando os aspectos de ESG, os aspectos de sustentabilidade”, destacou.

Quem teve a palavra junto aos palestrantes foi o diretor-superintendente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça. “Incluir todos os pequenos negócios, e fornecedores, principalmente os fornecedores de grandes negócios do nosso estado e incluir eles nessa pauta tão importante da ESG foi excelente. Parabéns ao Grupo RCN por essa importante discussão”, frisou.

Como espectador atento do fórum, e um dos representantes da audiência qualificada da plateia, o engenheiro civil, Bruno Viana disse que saiu impactado com tudo que ouviu. “Eu consegui entender um pouquinho mais do quanto isso está entremeado, vamos  dizer assim, em todos os âmbitos empresariais. […] e é uma coisa que normalmente, por a gente estar  na construção civil, a gente via mais focado no nosso nicho de mercado”, destacou. 

O diretor-geral do Grupo RCN, Rosário Congro Neto, enfatizou o papel da sociedade nessa questão. “A sustentabilidade passa por transparência, passa por uma organização social adequada e passa pela autossustentabilidade. Por exemplo, o Grupo RCN é autossustentável porque gera energia limpa. Nós temos três unidades geradoras de energia solar. E é assim que nós damos a nossa contribuição para o bem-estar e a sustentabilidade do nosso meio ambiente e, como contrapartida, ainda a gente tem o resultado da economia” concluiu.

Os palestrantes também destacaram o alto nível do evento:

"O mundo está sofrendo calamidades terríveis. Este ano morreram pessoas, muitas pessoas, não foram poucas, muitas pessoas, por conta de transformações, de mudanças climáticas, e, se a gente não se ajustar com as tendências do mundo, nós vamos ficar inviabilizados, nós não vamos ser competitivos. […] A próxima economia é isso aqui, a economia da neutralidade de carbono. Empresas que não estiverem alinhadas com a próxima economia estarão muito perto de sair do mercado. O dinheiro está indo para empresas sustentáveis".- Sílvio Barros, Consultor em Governança e Sustentabilidade.

"É preciso arregaçar as mangas. Quando a gente consome determinado produto ou serviço, estamos dando um voto de confiança a quem produziu. Nessa equação precisa entrar o critério ESG. Em última instância, ESG é uma agenda de responsabilidade compartilhada, tanto para o setor privado, as instituições financeiras, quanto para o setor público e para a sociedade civil. É uma responsabilidade de cada um de nós. A gente nota que há um grande esforço, um grande interesse das empresas em se engajar na agenda ESG. […] O Brasil tem um potencial enorme para liderar essa transição para uma economia de baixo carbono".- Rosana Jatobá, Jornalista e Mestre em Gestão Ambiental.

"Nós já passamos do ponto de não ter retorno, não há volta, para ignorar e entender os conceitos de sustentabilidade que nós temos no mundo. Os governos estão criando regulações para forçar as empresas a se adaptarem para esse novo mundo. As empresas estão atentas à demanda dos consumidores por produtos e serviços sustentáveis. Os investidores estão valorizando projetos que venham do mundo da sustentabilidade. A agenda de sustentabilidade é uma espiral que vai conviver durante um bom período com o velho e o novo".- Fábio Coelho, Presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais.

"Apesar da ONU ser uma organização para estados, estados nacionais, a gente precisa trazer as empresas para dentro do jogo, precisa trazer para a mesa de discussão. Hoje o que a gente tem é a sociedade pedindo as questões ESG. Amanhã vão pedir outras coisas, então por isso que o alvo é móvel […] Desde economia fóssil, que vai ser feita a transição, o Brasil lidera, é o que tem menos emissão de gás de efeito estufa; a mineração do Brasil, tão importante para a transição energética, é a menos intensiva em carbono e somos o país da biodiversidade, da água, da energia renovável. Então, não existe pensar num mundo carbono neutro sem passar pelo Brasil".- Carlo Pereira, Presidente do Pacto Global Brasil da ONU.

"A agenda ESG é uma agenda de viabilidade do nosso Estado naquilo que nós podemos entregar para o mundo. Nós temos uma grande oportunidade de crescer e desenvolver o nosso Estado, respeitando e levando muito a sério a Agenda ESG. A gente tem que entender muito bem esse ambiente para poder extrair dele a melhor ação possível em torno dessa agenda de tornar o Estado, em 2030, carbono neutro    […]  Nós temos que preservá-lo, e quem preservou o Pantanal foi o produtor pantaneiro. Ao mesmo tempo, temos que transformar esse grande ativo ambiental em renda para esse produtor".- Eduardo Riedel, Governador de Mato Grosso do Sul.