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Três Lagoas

Quase 200 consumidores começam 2021 com o ‘nome sujo’

Com isso os comerciantes varejistas deixaram de receber R$ 287 mil.

O reflexo econômico é decorrente da pandemia da Covid-19 que resultou em desemprego - Arquivo/JPNEWS
O reflexo econômico é decorrente da pandemia da Covid-19 que resultou em desemprego - Arquivo/JPNEWS

Ao menos 162 consumidores, em Três Lagoas, iniciaram o ano “no vermelho”, registrando o reflexo da crise econômica decorrente da pandemia.  Eles foram incluídos no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) por dívidas não pagas no mês de dezembro de 2020 e, consequentemente, começaram 2021 com o nome negativado. Com isso os comerciantes varejistas deixaram de receber R$ 287 mil. 

De acordo com dados da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, 20 empresas estão com CNPJs negativados. Um dos motivos para as negativações, segundo os próprios empresários e consumidores, foi o fechamento de estabelecimentos comerciais e demissões de trabalhadores.

As dívidas estão concentradas em valores que variam de R$ 100 até R$ 500. Consumidores não pagaram carnês, boletos ou cheques que variam de R$ 1,2 mil até o valor de R$ 3 mil. Conforme a Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, muitas, vezes, a quantidade de débitos incluídos é maior que a de clientes, porque um consumidor pode ter mais de uma dívida em aberta no comércio. Nesse caso, 20 consumidores estão com, pelo menos, três dívidas em atraso. 

DÍVIDAS
O indicador considera dívidas os compromissos assumidos com cheque prédatado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. O cartão de crédito foi mais uma vez apontado como o principal tipo de dívida. O empréstimo pessoal contraído em bancos e financeiras também está na lista de inadimplência. Ao menos 45% dos consumidores que usam essa modalidade de crédito estão com restrição no nome.

PERFIL
De acordo com os registros cadastrais, os homens são os que mais deixam de pagar compras feitas nas lojas da cidade, correspondendo a 70% do total de devedores. Nesse cenário, está o público com idade entre 25 e 50 anos. Os solteiros também possuem mais dívidas em aberto do que os casados. 

DICAS
Para sanar as dívidas em 2021, os economistas dão algumas dicas. Uma delas é  que o consumidor dê preferência para o pagamento de dívidas mais baixas e negocie as mais altas.
Em meio a pandemia, outro conselho dos especialistas é que o consumidor procure uma outra fonte de renda , mesmo que autônomo, para conseguir guardar dinheiro e, assim, deixar a lista de inadimplentes.