A Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3), da Petrobras, em Três Lagoas, está atraindo interesse de quatro grandes grupos, entre eles, a gigante europeia de nutrientes agrícolas Yara International e da fabricante russa de fertilizantes EuroChem. Além dos grupos internacionais, empresas brasileiras como a CSN (CSNA3) e Unigel também têm interesse no ativo da Petrobras, que não comenta o assunto.
O processo de venda da UFN 3 foi retomado no final de maio deste ano, após fracassar a negociação com o grupo russo Acron. Na época, a Petrobras disse que o plano de negócios proposto impossibilitaria as aprovações governamentais para a transação, já que o requisito mínimo exigido do comprador é o compromisso de concluir as obras de construção da fábrica. A Acron tinha um plano para fazer apenas uma misturadora na estrutura da fábrica e não produzir nitrogenados.
Para participar do processo, um potencial comprador deve atender a pelo menos um dos critérios: patrimônio líquido superior a US$ 300 milhões; receita líquida igual ou superior à US$ 750 milhões ou caso seja player financeiro, possuir ativos sob gestão (AuM) superior a US$ 300 milhões. A previsão é que a negociação possa ser fechada ainda neste ano para que as obras sejam retomadas em 2024.
A UFN 3 foi projetada para produzir 1,2 milhão de toneladas de ureia e 761.000 toneladas de amônia por ano. As obras de construção da UFN 3, iniciadas em 2011, foram paralisadas em dezembro de 2014, com avanço físico de cerca de 81%, após a Petrobras romper o contrato com o Consórcio UFN 3. Em 2017, a estatal informou que não tinha interesse no segmento de fertilizantes e colocou não só a UFN 3, mas também a fábrica de Araucária, no Paraná, à venda.
A Petrobras quer alienar ativos não essenciais para se concentrar na chamada região offshore do pré-sal,onde detém suas maiores e mais lucrativas descobertas de hidrocarbonetos.