Preocupado com as constantes quedas de energia na área central de Três Lagoas, o Sindicato do Comércio Varejista e dos Empregados do Comércio, bem como o Rotary Clube e o Ministério Público Estadual, se reuniram para cobrar um posicionamento da concessionária Elektro a respeito dos “apagões” que vem ocorrendo na cidade.
Na manhã desta quarta-feira, dia 5, uma reunião foi realizada na sede do Ministério Público Estadual para discutir essa questão. Na reunião participaram o promotor de Justiça Antônio Carlos Garcia de Oliveira, dois representantes de sindicatos, Sueide Silva Torres do Comércio varejista, e Eurides Silveira, dos Comerciários, além do presidente do Rotary Club de Três Lagoas, Djair José Martins, o advogado da Elektro, Paulo André Mulato e do supervisor de distribuição de energia da concessionária, Cleber Oliveira.
A reunião foi solicitada pelos dois sindicatos e pelo Rotary em razão das constantes quedas de energia e, principalmente, porque se aproxima o fim do ano quando o comércio fica aberto até às 10h e registra uma grande concentração de pessoas em suas lojas. Segundo Sueide, a falta de energia vem causando grandes prejuízos ao comércio local, inclusive no faturamento. “Sem energia os clientes não conseguem pagar as contas com o cartão de crédito, já que a máquina não funciona. Além disso, você vai ao banco, precisa fazer o pagamento de uma duplicata, mas sem energia, não consegue, e por esse motivo, o comerciante acaba tendo que pagar no outro dia a duplicata vencida com juros e multa. Então, o prejuízo é grande para todos”, comentou.
Durante a reunião, que durou quase duas horas, foram expostos os problemas que vem ocorrendo em Três Lagoas, e apresentadas algumas alternativas para evitar esses transtornos. Segundo o advogado da Elektro, Paulo André Mulato,a reunião foi positiva no sentido de estreitar a parceria com a comunidade local para que todos os consumidores tenham as informações necessárias para evitar esses problemas.
Os representantes da Elektro reforçaram que a queda de energia ocorre em razão do aumento da carga de energia elétrica nos estabelecimentos da cidade, principalmente, neste período de calor quando são instalados muitos aparelhos de ar-condicionado , os quais ligados ao mesmo tempo sobrecarregam a rede que não estava preparada para a demanda que não foi comunicada á empresa. “É necessário que o cliente declare as cargas dos equipamentos que instala em seu estabelecimento para propiciar à Elektro as condições necessárias para trabalhar na rede promovendo o reforço de carga, visando a continuidade do fornecimento de energia”, destacou Mulato.
Ainda de acordo com o advogado, os episódios mais recentes ocorreram em períodos de temperaturas mais altas. Durante a reunião foi comentado que uma empresa chegou a vender em um único dia 100 aparelhos de ar-condicionado. “E, muitas das vezes, o consumidor não atenta à necessidade de declarar essas cargas, que ligadas ao mesmo tempo, acarretam problemas na rede e oscilações na energia”, destacou.
Mulato informou, que a Elektro já vem trabalhando para resolver esse problema, inclusive, com a revisão dos transformadores locais. Ele disse que o problema já foi equacionado para o que se apresentava de imediato. Para declarar esse aumento adicional na carga, o advogado informou que o cliente pode fazer através do atendimento presencial no escritório da empresa, ou ligar na central de atendimento ao consumidor.
Uma reunião para passar todas essas informações aos comerciantes, bem como para eletricistas, entre outros, será agendada com a finalidade de que todas possam colaborar e evitar novas quedas de energia.