Os produtores sul-mato-grossenses devem colher 12,7 milhões de toneladas de soja nesta safra 2021/22, 600 toneladas a menos na comparação com o ciclo anterior, que foi recorde de 13,3 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28), pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja/MS).
O volume deve ser colhido em uma área de 3,7 milhões de hectares, 7% maior frente à temporada 2020/21. O avanço, frente ao ciclo 2009/2010 foi de 99,3%, e se deve em grande parte pela conversão de extensão para agricultura.
“São mais de 10 anos que representam o nível tecnológico e o empenho sustentável do agricultor sul-mato-grossense. Essa área avançou de 1,7 milhão para 3,5 milhões de hectares na última safra, em cima de áreas antropizadas ou substituindo culturas já existentes, como pastagem e cana-de-açúcar”, destaca o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.
Mato Grosso do Sul deve alcançar média de 56 sacas por hectare, previsão menor que a safra passada, quando as condições climáticas garantiram aumento na produção e média de 62 sc/ha.
Para a safra 2021/22 as chuvas devem ficar abaixo da média e, para nortear o produtor sobre o clima, uma parceria entre Aprosoja, Famasul e Cemtec/MS (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima) da Semagro, garante a elaboração de um boletim sobre o tema.
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O secretário estadual de Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, destaca que de 2015 até agora o Estado incorporou 1,2 milhão de hectares novos na agricultura, graças ao emprego de tecnologia e políticas públicas que garantem a conversão de áreas com sustentabilidade.
“Também temos transformado nossas commodities agregando valor à produção e aumentando a demanda pelos grãos. Prova disso que temos 27,15% da safra comercializada sem nem ter sido plantada”.
Presidente da Famasul, Marcelo Bertone, ressaltou a aptidão do Estado para a produção agrícola aliado à ciência e tecnologia adotada pelos produtores, além disso, as políticas públicas realizadas pelo Governo que dão condições melhores principalmente para escoamento da produção, além da abertura de novos mercados.
“Na safra passada tivemos incremento de 18%, chegando a 3 milhões de toneladas de soja e 3,5 milhões de hectares plantados, tenho certeza que o produtor tem condições de superar os números com a colaboração do clima”.
