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Sancionada lei que dá o título de Capital Nacional da Celulose à Três Lagoas

Título nacional reflete a elevada atividade na produção de celulose em Três Lagoas que tem três fábricas instaladas

Título nacional reflete a elevada atividade na produção de celulose em Três Lagoas que tem três fábricas instaladas. - Arquivo/JPNEWS
Título nacional reflete a elevada atividade na produção de celulose em Três Lagoas que tem três fábricas instaladas. - Arquivo/JPNEWS

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), sancionou a lei que confere à Três Lagoas, cidade localizada na região Leste de Mato Grosso do Sul, o título de Capital Nacional da Celulose. A lei sancionada nesta segunda-feira (19), foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (20). O ato foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (20). 

O projeto de lei que outorgou à Três Lagoas o  título de Capital Nacional da Celulose é de autoria da senadora Simone Tebet (MDB/MS), e foi aprovado pelo Senado em 2017. O título já é usado costumeiramente pela mídia nacional desde 2013, quando, por iniciativa do deputado estadual Eduardo Rocha (MDB), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou um Projeto de Lei que outorgou esse título ao município.

Três Lagoas revelou sua vocação industrial a partir da produção da celulose. Atualmente, o município tem três unidades de celulose e uma de papel. Duas da Suzano, e uma da Eldorado Brasil, além da fábrica de papel da International Paper.
De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, o título foi concebido à Três Lagoas por uma questão técnica e não política. 

O objetivo do título é refletir o que a atividade produtiva da celulose proporcionou de crescimento ao município. Tudo começou em 2009, quando a Votoratim, depois Fibria (hoje Suzano), instalou uma das maiores fábricas de papel do mundo, na cidade, com capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano. Logo em seguida, chegou a Eldorado Brasil, que começou a operar em 2012, com capacidade produtiva de 1,7 milhão de toneladas. Em 2017, a Suzano inaugurou sua segunda linha no município, e hoje tem capacidade para produzir 3,25 milhões de toneladas de celulose ao ano. Mais de 95% da celulose produzida na unidade é destinada à exportação. O mesmo corre com a Eldorado que exporta mais de 90% de sua produção.

Em breve, segundo o secretário, o governo do Estado vai lançar o plano estadual de florestas, com um diagnóstico e avaliação estratégica apontando quais os caminhos que o setor florestal sul-mato-grossense deve trilhar nos próximos anos. 

MS tem a 2ª maior área de florestas plantadas 

A área de floresta plantada em Mato Grosso do Sul soma 1,13 milhão de hectares. A produção de eucalipto para a indústria de papel e celulose ocupa 1,12 milhão de hectares, sendo a 2ª maior área plantada do país, atrás somente de Minas Gerais, com área de 1,98 milhão de hectares. A área plantada de Pinus é de 3,7 hectares.

As maiores áreas plantadas de eucalipto de Mato Grosso do Sul e do Brasil concentraram-se em Três Lagoas, com 263.690 hectares (23,4%) da área plantada de eucalipto do Estado, e em Ribas do Rio Pardo, com 213.931 hectares (19%). Em terceiro lugar no ranking nacional, aparece a cidade de Telêmaco Borba, no Paraná, com 159 mil hectares de área plantada.

As florestas de eucalipto plantadas em Três Lagoas em decorrência da demanda das três unidades de celulose instaladas no município, fez com que Mato Grosso do Sul se tornasse líder em produção de madeira para produção de papel e celulose. Os dados são do IBGE, referentes aos resultados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura – PEVS 2019.

Dentre os 10 municípios com maior área de florestas plantadas no Brasil, cinco estão no Mato Grosso do Sul: Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Brasilândia, e Selvíria. 

Três Lagoas lidera ranking de exportações

Três Lagoas segue liderando o ranking dos municípios que mais exportam em Mato Grosso do Sul. No primeiro bimestre deste ano, o município concentrou 43,72% das exportações do Estado.

A celulose  continua como o principal produto exportado no Estado. No primeiro bimestre deste ano, o produto foi responsável por 29,08% do total exportado no Estado, em termos de valor, conforme dados da balança comercial de Mato Grosso do Sul. Se comparado ao mesmo período do ano passado, houve uma diminuição de 45,85% no valor do produto exportado. A redução é consequência da pandemia mundial.

No primeiro bimestre deste ano, as exportações com celulose somaram 171, 4 milhões de dólares, enquanto que no ano passado, foram 316, 5 milhões de dólares. 

A carne foi o segundo produto mais exportado em Mato Grosso do Sul no primeiro bimestre de 2021. 

Confira a reportagem abaixo: