Os prejuízos acarretados pela não retomada da obra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3) também são motivo de preocupação para alguns parlamentares do Estado, como é o caso do senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Diante da demora na resolução do assunto, ele destaca que tem demandado medidas mais efetivas junto ao governo federal.
“A negociação da UFN3 não avançou. Desde 2020 criou-se a expectativa principalmente com as interessadas. Vender por R$ 3,36 bilhões um projeto inicial de R$ 3,9 bilhões. A obra começou em 2011, e em 2014, com mais de 80% pronta parou. Em setembro de 2017 a Petrobras colocou em negociações. Até agora não houve avanço para a venda. A questão está judicializada”, salientou o senador Nelsinho Trad.
Recentemente, ele diz que solicitou ao titular da Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo federal, Almirante Rocha, soluções para o caso. “O almirante foi designado para trazer uma solução mais rápido possível para a região, que vem amargando prejuízos com as obras inacabadas. Além disso, a obra que já demandou muito recurso está parada. E todos sabemos que toda obra parada vai depreciando, vai perdendo o investimento”, acrescentou.
Ele destaca que como parlamentar vem acompanhando as discussões sobre a fábrica. “Recentemente eu recebi visitas do prefeito e vereadores de Três Lagoas justamente para demandar sobre isso. Eles chegaram a pedir a devolução da área cedida pela prefeitura para implantação do projeto”, destacou.
Outro ponto citado pelo senador foi a importância de finalizar a obra para atender a demanda crescente de fertilizantes no mundo, setor que está à beira de um colapso mundial. “Todos temos que estar atentos a grave crise anunciada pelo presidente Bolsonaro e todos do Planeta sobre a crise dos fertilizantes para 2022 e 2023. Por isso, temos que estender a mão para o agronegócio, porque é o único segmento da economia que impulsiona o desenvolvimento econômico e assim nós vamos proceder”, finalizou.
A reportagem ainda entrou em contato com a senadora Simone Tebet (MDB), que por meio da assessoria informou que “acredita que a pandemia prejudicou o andamento das tratativas e que daqui a uns dois meses deve voltar a tratar do assunto”.