Os comerciantes de Três Lagoas fecharam as portas logo após o anúncio oficial do decreto da prefeitura, que determina o fechamento dos estabelecimentos comerciais como prevenção ao Covid-19. Eles acataram a determinação. Mas por outro lado, manifestaram sentimento de desespero e de abandono. Para os sindicatos dos empresários e trabalhadores do setor é preciso ter cautela e analisar de que forma poderão minimizar os impactos econômicos.
Vandermara Lopes, por exemplo, é comerciante há mais de 10 anos e atua no ramo de confecção. Ela também trabalha como podóloga e conta que tem três funcionárias registradas em carteira. Porém, declarou que não sabe o que vai fazer após fechar as portas da loja. “É um sentimento de total desespero. Porque tenho contas para pagar, assim como todo mundo, e não sei como vou trabalhar por não poder abrir meu estabelecimento. Eu sei que a determinação é para um bem maior, para evitar a transmissão do coronavírus. Mas será bem complicado financeiramente”, desabafou.
O comerciante João Silva Maciel está no ramo há 50 anos e tem uma loja de roupa que está no mesmo ponto ao longo desse período. Para ele, será uma fase difícil. “Não vejo necessidade de fechar tudo. Poderíamos limitar a quantidade de pessoas, evitar aglomerações, mas não fechar. No entanto, cumprimos a determinação”, frisou.
Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, Fernando Jurado, é o momento em que os comerciantes deverão ser criativos para manter a sobrevivência. Além disso, considera que ainda há muitas dúvidas sobre os serviços que poderão ser oferecidos nesse período. Dessa forma, disse que a Associação pretende criar um canal para ajudar os comerciantes com informações.
Confira a reportagem: