Os servidores da Prefeitura de Três Lagoas rejeitaram o reajuste salarial de 6% proposto pela Prefeitura de Três Lagoas. Em assembleia tumultuada, realizada na noite de ontem, a categoria decidiu por ingressar com uma ação contra o Executivo municipal exigindo um reajuste que garanta, pelo menos, a reposição do índice inflacionário, de 8,7%, como determina a lei. A possibilidade de greve foi descartada, em um primeiro momento, por falta de apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, segundo alegou a maioria.
Na noite da última terça-feira, dezenas de servidores compareceram na sessão da Câmara Municipal para pressionar os vereadores a retirarem de pauta o projeto sobre o reajuste salarial, que foi encaminhado para o Legislativo Municipal em regime de urgência. Os vereadores derrubaram o regime de urgência e não aprovaram o projeto, que prevê um reajuste de 6% para os servidores municipais. Os trabalhadores em educação também compareceram para pedir o apoio da classe política para a greve estadual da categoria.
A princípio, a prefeitura inicialmente ofereceu um reajuste de 5%, mas depois de negociação com o Sindicato dos Servidores, elevou o percentual para 6%. Alegando que para honrar o aumento teria que demitir cerca de 200 servidores comissionados. Algumas demissões, inclusive, já começaram a acontecer. “Esse reajuste não cobre nem o índice inflacionário. O importante é que o projeto não foi aprovado, o que nos possibilita continuar dialogando com a prefeitura”, disse o servidor Antônio Carlos Modesto.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, José Antônio Vieira, disse que a prefeitura alegou que não tem mais condições de aumentar esse percentual, que será concedido linearmente anto servidores efetivos e comissionados. “As únicas alternativas são: ou partimos para uma greve, ou fazemos um acordo coletivo que deverá ser homologado pela justiça que define o índice de reajuste”, alegou, antes do início da assembleia.
Na assembleia, ficou decidido também que caberá a Câmara de Vereadores cobrar da prefeitura dados referentes à arrecadação do município.
PREFEITURA
A prefeitura, por meio de nota, esclareceu que, como o projeto de lei ainda não foi aprovado, a folha de pagamento referente ao mês de maio não contemplará o reajuste proposto pela administração. E, que foi feito um estudo financeiro para propor 6% de reajuste, que não tem como ser aumentado, em virtude da atual situação econômica que o país atravessa, com o corte drástico de verbas e repasses federais, afetando diretamente as prefeituras municipais.