A senadora Simone Tebet (MDB-MS), ex-prefeita de Três Lagoas, assumiu oficialmente, nesta quinta-feira (5), o Ministério do Planejamento e Orçamento. Em discurso, Tebet disse que os pobres serão tratados com prioridade no orçamento público. “Os pobres estarão prioritariamente no orçamento público. A primeira infância, idosos, mulheres, povos originários, pessoas com deficiência, LGTBQIA+. Passou da hora de dar visibilidade aos invisíveis. Tem de abarcar todas essas prioridades, sem deixar de ficar de olho na dívida pública”, declarou.
Simone Tebet destacou ainda que pretende conciliar as promessas de governo e os programas sociais com a responsabilidade fiscal, mas reconheceu que não será uma tarefa fácil. “O cobertor é curto. Não temos margem para desperdícios ou erros. Definidas as prioridades por cada ministério, caberá ao Ministério do Planejamento, em decisão técnica e política com as demais pastas econômicas e com o presidente Lula, o papel de enquadrá-las dentro das possibilidades orçamentárias”, declarou.
Tebet agradeceu ao Lula, que não estava na solenidade, pela escolha do seu nome para chefiar uma das mais importantes pastas da Esplanada dos Ministérios, apesar das divergências sobre a política econômica que tem com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Comungamos com a visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da necessidade premente de cuidar dos gastos públicos e da aprovação urgente de uma reforma tributária, para garantirmos menos tributos sobre o consumo, um sistema tributário menos regressivo, com simplificação e justiça tributária. Somente assim teremos o crescimento necessário para garantir emprego e renda de que o Brasil necessita”, disse Simone.
Para o secretário da Casa Civil de Mato Grosso do Sul, Eduardo Rocha, que acompanhou a cerimônia, o fato de Simone ocupar o ministério, mantém um olhar atento das autoridades de Mato Grosso do Sul. Ele acredita que a presença de Tebet no comando da pasta vai garantir um bom encaminhamento às demandas do Estado. “A Simone não está assumindo qualquer ministério, ela está no comando da pasta que cuidará do Planejamento e do Orçamento nacional, e isso nos dá tranquilidade porque é uma pessoa que conhece profundamente os pleitos de Mato Grosso do Sul”, frisou Rocha.
Longe de privilégios, o chefe da Casa Civil refutou essa análise. “A ministra vai atender demandas nacionais, não acredito que MS terá privilégios, mas um olhar mais cuidadoso com questões que precisam de uma atenção mais efetiva”, pontuou.