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Temporada do pesque e solte começa e vai levar 300 turistas para Corumbá nesta semana

Para este ano, empresas do setor de turismo da pesca no Pantanal estão com 95% de agendamentos feitos

Barcos no rio Paraguai, em Corumbá. - Rodolfo César
Barcos no rio Paraguai, em Corumbá. - Rodolfo César

O pesque e solte nos rios Paraguai e Paraná está autorizado a ocorrer a partir deste dia 1 de fevereiro. Para a região de Corumbá, essa retomada representa na volta do movimento de turistas e início da temporada de saída dos barcos-hotéis. A estimativa é de que 300 pessoas vão chegar na Capital do Pantanal nesta semana, desde a segunda-feira (31) até a sexta-feira (4 de fevereiro). Por conta do valor dos pacotes pagos, esse público gira em torno de R$ 1,5 milhão.

O setor está com boas expectativas comerciais para este ano, que está sendo considerado como de retomada. Em torno de 95% da janela de viagens pelo rio Paraguai está com agenda fechada antes mesmo do início da temporada. 

O turismo de pesca é o principal produto do setor para a região do Pantanal. Estimativa é que em torno 1 mil empregos são gerados. Para o ano, mais de 12,5 mil turistas devem vir para Corumbá entre fevereiro e outubro.

Com relação à estiagem que vem assolando o bioma desde final de 2019, fevereiro começou com o nível do rio Paraguai favorável às embarcações. A régua de Ladário indicou 1,22 m de nível, sendo que a média para o período é de 1,05 m. 

Essa retomada estava envolvida também na condição que a pandemia está gerando nas cidades desde o começo do ano. Porém, apesar do aumento de casos, o novo coronavírus não impactou em pedidos de cancelamento, adiamento ou no não fechamento de pacotes.

A variante Ômicron em circulação tem causado menor índice de casos graves, e isso não gerou impacto no ânimo do turista. Quem vem para Corumbá e Ladário  em geral tem origem nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e, em partes, do próprio Mato Grosso do Sul.
Luiz Felippe Nimer, vice-presidente da Acert, associação que conglomera mais de 22 empresas do setor envolvido na pesca e turismo em Corumbá e região, assegurou que o movimento econômico do turismo de pesca para a região do Pantanal está positivo para 2022. "O calendário está cheio, em partes pela demanda reprimida dos anos anteriores, mas há também novos contratos fechados. Estamos com 300 pescadores só nesta semana de abertura", contabilizou.

Como os barcos-hotéis ficam em áreas isoladas do Pantanal, viajando por cerca de 3 a 5 dias, toda a estrutura de alimentação e de lazer é montada nas embarcações, que podem ter entre 28 a mais de 35 pessoas por viagem. Os trajetos chegam a percorrer em torno de 300 km pelo rio Paraguai. Cada pescador tem a sua disposição uma lancha para levá-lo a local de pesca, além de quatro refeições por dia e diferentes bebidas e comidas liberadas a qualquer momento. Os pacotes de viagens custam cerca de R$ 5 mil por pessoa, com tudo incluso. O casal, por exemplo, chega a pagar R$ 7,5 mil.

Em 2021, houve um trabalho em conjunto com a Embratur para promover o Pantanal durante as Olimpíadas do Japão. Cenários do rio Paraguai, de Corumbá, da pescaria, além de Bonito foram apresentados em algumas praças esportivas, mas ainda sem medição oficial do resultado desse trabalho.