A Petrobras desligou no início deste mês, a usina termelétrica de Três Lagoas para evitar "falha catastrófica" na estrutura da unidade, que necessitava de manutenção.
Em nota enviada ao JPNews, a Petrobras esclareceu ainda que o termo “riscos catastróficos” refere-se a possíveis eventos técnicos que trazem uma indisponibilidade mais prolongada do equipamento, sem risco a pessoas ou ao meio ambiente. E que a termelétrica está operando e produzindo 100% da energia programada junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Ainda de acordo com a estatal, solicitações de adiamento, postergação ou aprovação de paradas fazem parte da rotina operacional de relacionamento com o ONS. A Petrobras informa que seguirá atendendo às necessidades do sistema, sempre que possível, garantindo a segurança operacional de suas unidades.
Segundo reportagem publicada pelo Jornal Estadão no último sábado (25), três dias antes da paralisação da usina agendada para 31 de agosto, o Operador Nacional do Sistema pressionou a Petrobras a manter ligada a termoelétrica, mesmo a unidade precisando de manutenção. E que entre os dias 3 e 5, a Petrobras havia comunicado ao Operador que precisaria paralisar as operações da usina, uma planta de 386 megawatts de potência, porque tinha de fazer uma manutenção importante na estrutura.
A Petrobras agendou o serviço para o fim de semana, quando o consumo elétrico no país diminui, e apresentou a programação com duas semanas de antecedência. Mesmo sendo uma parada programada, o ONS rejeitou o pedido, alegando que “em função do cenário energético, com cargas elevadas e alto despacho térmico”, tinha que manter a “máxima disponibilidade de unidades geradoras”.
Diante das recomendações dos fabricantes dos equipamentos da usina, e da equipe de engenharia, frente ao risco de falha catastrófica da turbina, a Petrobras necessitou prosseguir com a parada emergencial e a manutenção foi feita.
A Petrobras por sua vez informou que as paradas fazem parte da rotina operacional da usina e que a termelétrica de Três Lagoas não ocasiona risco a pessoas ou ao meio ambiente.