Nos cinco primeiros meses deste ano, Três Lagoas apresentou saldo positivo de 2.349 novos empregos formais, com carteira assinada. O município ficou atrás apenas da capital.
A oferta de vagas em Três Lagoas é reflexo do complexo de celulose, que direta e indiretamente, proporciona muitas oportunidades de emprego. Diariamente a Casa do Trabalhador oferece muitas vagas de emprego, mas preenche-las é o grande desafio, dependendo da área.
Por um lado, existem reclamações da falta de mão de obra qualificada para a ocupação dessas vagas, por outro, trabalhadores alegam que não é tão simples conseguir um emprego e que as empresas não dão oportunidades para quem não tem experiência, por exemplo, mesmo tenho graduação na área.
O diretor da Casa do Trabalhador de Três Lagoas, Jean Carlos, confirma que sobram vagas de emprego na cidade e que a falta de qualificação profissional é um dos problemas enfrentados no município. Por isso, iniciou um trabalho na tentativa de convencer as empresas a dar oportunidade aos trabalhadores, mesmo sem a qualificação exigida.
Jean avalia que têm empresas que exigem muito e não dão oportunidade para quem está desempregado. "A gente percebe que o trabalhador quer trabalhar, mas chega na hora, a empresa exige demais e não dá a oportunidade", disse.
Para o diretor, as empresas poderiam ajudar na qualificação desses profissionais, em troca, teria um trabalhador qualificado para a vaga que precisa ser preenchida. como exemplo, informou que sobram vagas de motoristas carreteiros em Três Lagoas e muitas demoram para serem ocupadas porque a pessoa não está preparada. "As grandes empresas poderiam fazer uma parceria e preparar esse pessoal para o mercado de trabalho. Isso seria bom para todos. Estamos batendo nessa tecla para que as empresas possam ajudar, dar essa oportunidade para quem quer trabalhar", destacou.
O diretor do Senai de Três Lagoas, Rodrigo Bastos, destaca que para quem tem um curso técnico as oportunidades de trabalho são mais fáceis. Ressalta ainda que o Senai está com inscrições abertas para vários cursos profissionalizantes.
A professora e doutora em geografia da UFMS, Edima Aranha, ressalta a importância do estudo e da qualificação para romper esse ciclo de pobreza em algumas famílias. Edima defende ainda políticas públicas educacionais para o incentivo ao ensino e qualificação profissional.
Confira a reportagem abaixo: