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Trabalhadores formam fila em busca de uma vaga para obras de expansão de indústria

Três Lagoas não para de receber trabalhadores de outros Estados

Três Lagoas não para de receber trabalhadores de outros Estados  - Elias Dias
Três Lagoas não para de receber trabalhadores de outros Estados - Elias Dias

O índice de desemprego no País tem feito com que centenas de trabalhadores de várias regiões migrem para Três Lagoas, em busca de uma vaga de trabalho nas obras de expansão das fábricas de celulose da Fibria e da Eldorado Brasil. Ontem, uma fila enorme de operários se formou em frente ao escritório da Fortes Engenharia, empresa contratada pela Fibria para execução das obras de edificações provisórias, assim como de parte da construção civil do projeto Horizonte 2.

Parte dos trabalhadores veio de cidades do interior de São Paulo, Bahia e Maranhão, entre outras localidades. A Fortes Engenharia está recebendo currículos para o processo de seleção de mão de obra. A empresa não quis se pronunciar, mas informações colhidas no local dão conta que 200 a 300 trabalhadores serão contratados para obras de construção de um refeitório, salas para escritório e barracões. A segunda etapa está prevista para começar em dezembro deste ano. O pico de contratação, portanto, deverá ocorrer a partir do segundo semestre de 2016. As obras de terraplanagem do projeto Horizonte 2, iniciadas no final de maio, deverão estar concluídas no fim do ano.

Ontem, a empresa G4, que executará serviço de calçamento no local, contratou 33 trabalhadores, que foram submetidos ao exame admissional em uma clínica médica. Esses trabalhadores vieram do interior paulista e estão acomodados em um alojamento disponibilizado pela empresa, que também é do Estado de São Paulo.

A previsão é que a nova unidade da Fibria, que terá investimentos de US$ 2,5 bilhões, comece a operar no quarto trimestre de 2017. A companhia possui 968 mil hectares, sendo 561 mil hectares de florestas plantadas e 342 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental. A celulose produzida é exportada para mais de 40 países. A nova linha da Fibria terá capacidade produtiva de 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano.

RECLAMAÇÃO

Vários trabalhadores ouvidos pela reportagem disseram que buscam emprego em Três Lagoas porque não conseguem trabalho em seus Estados de origem. Essa busca gera “concorrência” com trabalhadores da cidade e faz aumentar as reclamações de moradores de Três Lagoas que não conseguem oportunidade nessas empresas.