Meio século depois, Três Lagoas recebeu seu segundo impulso para o fortalecimento da pecuária. Na década de 70, o governo federal incrementou vários planos de desenvolvimento para a agropecuária. Entre esses, o mais importante para Três Lagoas, que proporcionou o crescimento da pecuária foi o PoloCentro, que era uma linha de crédito e financiamento criada em janeiro de 1975, com o objetivo de garantir a evolução de atividades agropecuária nesta pare da região Centro Oeste do Brasil, atendendo os produtores rurais com financiamentos a juros subsidiados, visando o incremento para a formação de pastagens e melhoria do rebanho bovino.
A adesão de um número extremamente elevado de pecuaristas à esse programa de incentivo, focado, principalmente, na formação de novas pastagens nas propriedades rurais e aquisição de equipamentos para auxiliar o aprimoramento da economia rural proporcionou para Três Lagoas um acentuado desenvolvimento na economia rural elevando o rebanho bovino para 1,8 milhão de cabeças.
Essa circunstância é muito diferente da encontrada hoje com o avanço das florestas. O rebanho três-lagoense foi achatado para cerca de 617,3 mil cabeças de gado, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em decorrência do desmonte de centenas de fazendas que deram lugar á plantação de florestas de eucalipto em substituição a cria, recria e engorda de gado. Esse encolhimento, que ainda persiste, deve-se à diversos causas, entre elas, destaca-se a oportunidade de mais ganhos com o plantio de florestas e falta de incentivos para a manutenção da pecuária de corte, embora na atualidade, registra-se elevado aumento na arrobo do boi gordo, que torna a atividade satisfatória pelos valores de remuneração na hora do abate. Diante desta constatação, destaca-se que o mercado de boi gordo vive um grande momento, mas agravado pela falta de matrizes – vacas – no mercado para assegurar maiores índices de reprodução.