Veículos de Comunicação

Oportunidade

Três Lagoas fecha 244 postos de trabalho no mês de julho

Puxado pelo comportamento da indústria, município fechou 244 postos de trabalho em junho

Movimentação em frente à Casa do Trabalhador tem sido intensa nas últimas semanas, com procura por vagas superior à demanda - Elias Dias
Movimentação em frente à Casa do Trabalhador tem sido intensa nas últimas semanas, com procura por vagas superior à demanda - Elias Dias

Três Lagoas voltou a fechar o mês com saldo negativo de geração de empregos. Em julho, o município registrou 1.302 admissões contra 1.546 demissões, gerando um saldo negativo de 244 postos de trabalho fechados.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a nova queda no estoque de empregos deve-se, mais uma vez, ao comportamento da indústria da transformação. No mês passado, o setor fechou 156 postos de trabalho com carteira assinada – em junho, o setor já havia cancelado outras 200 vagas.

No entanto, a indústria não foi a única a encerrar com saldo negativo. O segmento de serviços, ainda segundo os dados do Caged, fechou 107 postos de trabalho entre novas contratações e demissões. Em terceiro lugar com maior número de demissões, aparece o comércio, com 47 postos de trabalho.

O alto índice de demissões tem refletido nos atendimentos da Casa do Trabalhador, nova nomenclatura para o Centro Integrado de Apoio ao Trabalhador (Ciat). A procura por empregos tem sido significativamente maior que o número de vagas ofertadas. Muitos desses trabalhadores estão vindo de outros municípios em busca de emprego, após a divulgação da ampliação de três importantes indústrias da cidade.

Essas obras podem ter influenciado o setor da construção civil. O segmento, que vinha registrando saldos negativos desde o começo do ano, voltou a abrir com novas vagas. No mês passado, foram 54 postos de trabalho criados no estoque para atender o setor, que deve aquecer, de fato, nos próximos meses.

A agropecuária também obteve saldo positivo, com 10 novos postos de trabalho criados no estoque, o que equivale a uma pequena queda em comparação ao mês anterior, quando foram criadas 91 novas vagas com carteira assinada.

ESTADO

Ainda segundo o Caged, o resultado obtido em julho fez com que Três Lagoas caísse para a 11ª posição no ranking de geração de empregos entre os municípios com mais de 30 mil habitantes de Mato Grosso do Sul. A liderança ficou para Sidrolândia, com 105 novos empregos no estoque. Abaixo de Três Lagoas, aparece Dourados, com 381 postos de trabalho fechados no mês de julho. Campo Grande aparece em último lugar no ranking, com 1.060 postos de trabalho fechados.

COMPARATIVO

O comportamento apresentado em julho fez com que piorasse ainda mais o quadro de empregos em Três Lagoas quando somado todos os meses do ano. De janeiro a julho, o município admitiu 11.210 trabalhadores, mas demitiu outros 12.535, gerando um saldo negativo de 1.325 postos de trabalho. Desse total, praticamente a metade das demissões ocorreu no setor da construção civil; foram 685 postos de trabalho fechados ao todo. Em seguida, aparece a indústria da transformação, com 393 postos de trabalho fechados no decorrer do ano. Das cinco principais atividades analisadas, somente a agropecuária manteve saldo positivo de geração de empregos, com 159 novos postos de trabalho criados no estoque neste ano.