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Três Lagoas fecha o mês de março com 383 demissões

Indústria da transformação fechou 262 vagas no mês passado, 46,5% de todas as demissões

No primeiro trimestre, mais de mil postos de trabalho foram fechados - Ilustração
No primeiro trimestre, mais de mil postos de trabalho foram fechados - Ilustração

Após uma leve queda em fevereiro, Três Lagoas voltou a registrar alta no índice de vagas fechadas no mercado formal. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a cidade encerrou o mês passado com 383 postos de trabalho formais fechados.

O resultado fez com que a cidade figurasse na penúltima posição entre os municípios de Mato Grosso do Sul em geração de empregos, à frente somente de Naviraí, que obteve saldo negativo de 832 vagas. O ranking do Caged cita as 14 cidades do Estado com mais de 30 mil habitantes.

Ainda segundo o Caged, diferentemente dos meses anteriores, em que a construção civil liderava o ranking de demissões, no mês passado, foi da indústria da transformação esse título. O setor fechou, sozinho, 262 postos de trabalho, o que equivale a 46,5% do saldo negativo. Ao todo, o município registrou 1.569 admissões contra 1.952 demissões. Somente na indústria, foram 420 contratações contra 682 desligamentos.

Em comparação ao mês de fevereiro, as demissões no setor cresceram consideravelmente. Em fevereiro, o setor havia fechado 52 postos de trabalho com carteira assinada. Quando avaliado somente o primeiro trimestre, o saldo de geração de empregos é de 23 empregos a menos no setor, graças ao comportamento de janeiro, período em que a indústria havia gerado 222 novos postos de trabalho.

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas (ACI-TL), Atílio D’Agosto, o comportamento da geração de empregos na indústria é reflexo do momento econômico do país. “Nós sabemos que a produtividade da indústria não cresceu de 2014 para este ano, pelo contrário retraiu. A indústria já tem trabalhado com índice negativo há algum tempo, e isso impacta na geração de novos empregos”, explicou.

Para o caso específico de Três Lagoas, o empresário também citou a paralisação de grandes obras como uma das causas dos baixos índices de contratação.

No mês de março, todos os setores fecharam com saldo negativo de geração de emprego: serviços (49 postos fechados), agropecuária (57), comércio (8), construção civil (6) e extração mineral (2).

TRISMESTRE

No primeiro trimestre do ano, Três Lagoas fechou 1.031 postos de trabalho formais. O índice é um dos piores para o município neste período. Quando avaliado o comportamento por setores nos primeiros três meses, ainda é da construção civil o título de maior índice de empregos fechados, 792 postos de trabalho a menos.

No MS,  o comportamento do mês de março foi o pior dos últimos 12 anos. Em todo o Estado, foram gerados somente 48 novos postos de trabalho no mês passado. O único setor a fechar com saldo positivo oi o de serviços.