Depois de mostrar recuperação em abril, Três Lagoas voltou a fechar o mês com saldo negativo na geração de empregos. No mês de maio, o município fechou 166 postos de trabalho, o que lhe rendeu a última posição no ranking de geração de empregos em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na manhã de ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em abril, o único mês até o momento a atingir saldo positivo de geração de empregos, foram criadas 105 novas vagas.
Conforme o Caged, no mês passado, Três Lagoas registrou 1.386 admissões contra 1.552 desligamentos. O setor de serviços foi o campeão em postos de trabalho fechados. Ao todo, foram 186 vagas canceladas somente no mês passado. Em segundo lugar com pior desempenho, aparece o comércio, com 109 postos de trabalho fechados. A indústria da transformação também aparece com saldo negativo de geração de empregos, 24 vagas fechadas somente no mês passado; situação semelhante à da construção civil, com 35 vagas a menos.
Dos cinco principais setores analisados pelo Caged, somente o agropecuário fechou com saldo positivo. No mês passado, o segmento gerou 187 novos postos de trabalho. O resultado, no entanto, não foi suficiente para conter as demissões nos outros setores.
Com o resultado de maio, sobe para 1.087 o número de postos de trabalho com carteira assinada fechados nos cinco primeiros meses do ano. Boa parte dessas demissões ainda relacionada à construção civil (834 vagas fechadas). A agropecuária também aparece como a única com saldo positivo de geração de empregos nesse ano (66 novas vagas criadas no estoque).
A expectativa, no entanto, é que o quadro apresentado pela geração de emprego m Três Lagoas passe a mudar a partir do próximo mês, quando será divulgado o comportamento no mercado referente a junho. Neste mês, tanto a Fibria quanto a Eldorado Brasil deram início ao processo de contratação de mão de obra para a ampliação de suas unidades. Construção civil e o setor de serviços deverão ser os mais beneficiados pela expansão das unidades neste primeiro momento.
OCUPAÇÕES
Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostraram ainda que, neste ano, as ocupações mais procuradas pelo mercado formal em Três Lagoas, de janeiro a maio, foram: motorista de caminhão (128 novos empregos), alimentador de linha de produção (110), operador de trator florestal (65), preparador de calçados (64) e operador polivalente da indústria têxtil (52).
Em contrapartida, as ocupações com maior saldo de desemprego foram costureiro à máquina na confecção em série (-117 vagas de trabalho), auxiliar de escritório em geral (-86), trabalhador de extração florestal (-70), vendedor de comércio varejista (-60) e operador de máquina de beneficiamento de produtos agrícolas (-58).
ESTADO
Em Mato Grosso do Sul, foram gerados 534 novos postos de trabalho. O resultado, embora tenha sido um dos melhores do país – no Brasil foram fechadas mais de 115,5 mil vagas de emprego -, foi o pior desde maio de 2007, quando o Estado fechou o mês com 628 postos de trabalho fechados. O setor da indústria da transformação foi a que apresentou pior resultado, com 600 postos de trabalho fechados.