Apesar da situação econômica do Brasil e de Três Lagoas não contar com nenhuma grande construção em andamento, o número de empresas abertas na cidade continua sendo maior do que as que fecharam as portas. Nós últimos dois anos, o número de empresas constituídas supera o de empresas extintas no município. Mesmo com a paralisação da obra de construção da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras, o número de empresas que abriram as portas neste ano, é bem maior do que as que fecharam, conforme dados da Junta Comercial do Mato Grosso do Sul (Jucems).
Em 2015, somente no mês de janeiro, 32 empresas foram constituídas em Três Lagoas, e 13 extintas, segundo a Jucems. O número equivale, em média, a uma empresa aberta por dia em Três Lagoas. Em 2014, 430 empresas deram início às suas atividades em Três Lagoas. O número é inferior em comparação a 2013, quando 553 empresas foram constituídas na cidade. Segundo dados da Junta Comercial do Mato Grosso do Sul, no ano de 2013, 106 empresas encerraram suas atividades em Três Lagoas, enquanto que em 2014,118 empresas fecharam as portas.
O número de empresas constituídas e extintas, no entanto, pode ser maior, ou menor, já que alguns proprietários não procuram a Junta Comercial para oficializar a abertura ou encerramento da atividade. Atualmente, Três Lagoas conta com 8.578 empresas em funcionamento, conforme cadastro na Jucems, atualizado até o dia 2 de fevereiro deste ano e, em 2013, 7.621 empresas estavam em plena atividade.
Em Mato Grosso do Sul, somente neste começo de ano, 446 empesas abriram as portas no Estado. Em 2014, foram 6.713, enquanto que em 2013, 7.635 foram constituídas no Estado. Em 2014, 1.668 empresas fecharam as portas no Estado. E, em 2013, 2.499 encerraram suas atividades. Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 184.369 empresas em funcionamento em todo o Estado.
ORIENTAÇÃO
Segundo a analista técnica e gestora do Projeto de Desenvolvimento Econômico e Territorial na Região da Costa Leste do Sebrae, Ana Flávia Arrais, as principais causas que levam as empresas a fecharem as porta são: falta de planejamento prévio do negócio, gestão deficiente do negócio, falta de conhecimento em áreas de gestão, problemas pessoais dos proprietários, que se misturam com questões pessoais e as da empresa.
Para evitar que as empresas fechem as portas, a analista técnica do Sebrae disse que é preciso planejamento e gestão, além de capacitações. O micro e pequeno empresário , segundo ela, precisa conhecer sua empresa e as ferramentas necessárias para permanecer no mercado e alavancar o seu negócio. Dentre algumas condutas, sugere saber comprar, saber quanto pode gastar e, principalmente, não misturar as contas pessoais com as do seu negócio.
Ainda de acordo com a Ana Flávia, o momento requer ainda mais planejamento, estudo e atenção quanto à economia. “Hoje, a abertura de negócios por oportunidade tem crescido bastante frente aos negócios por necessidade; abre-se cada vez mais por enxergar um nicho de mercado do que a necessidade de renda para sobreviver. A orientação é que o empresário ou potencial empresário faça planejamento, inclusive procure o Sebrae, que tem soluções para quem deseja abrir o seu negócio e começar certo”, orientou.