Apesar da pandemia da Covid- 19 e dos seus efeitos negativos na economia, nos dois primeiros meses do ano, Mato Grosso do Sul criou mais vagas de trabalho do que fechou. O mesmo ocorreu em Três Lagoas, que encerrou janeiro e fevereiro com mais contratações do que demissões. Em janeiro, Três Lagoas criou 447 novas vagas de trabalho e o Estado, 3.483.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, divulgados nesta semana, em fevereiro, Mato Grosso do Sul contratou 23.660 trabalhadores com carteira assinada e demitiu 16.606 – saldo positivo de 7.054 novas vagas criadas. Três Lagoas encerrou fevereiro com 1.560 contratações e 1.245 desligamentos- saldo de 315 novos postos de trabalho abertos.
No Estado, no segundo mês do ano, o setor de serviços foi o que mais contratou. Foram 3.233 novos postos de trabalho gerados. O comércio apareceu em segundo lugar com saldo positivo de 1.652 novas vagas, seguido pela agropecuária, com 943 novos postos de trabalho, e pela indústria, com 715, e construção com 511.
Em Três Lagoas, a indústria foi o carro chefe para que o município encerrasse fevereiro com mais contratações do que demissões.
No segundo mês do ano, o setor abriu 173 novas vagas, seguido pela agropecuária que encerrou fevereiro com saldo positivo de 78 novos postos de trabalho, seguido pela construção civil com 37, e o comércio com 24. O setor de serviços, em Três Lagoas, abriu apenas 3 novas vagas em fevereiro.
O Brasil gerou 401.639 novos postos de trabalho em fevereiro, resultado de 1.694.604 admissões e de 1.292.965 desligamentos.
“Mais uma vez, o vigor da economia brasileira, a resiliência da economia brasileira surpreendendo as expectativas”, disse, o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante divulgação do Caged, nesta semana. “São 400 mil novos empregos. Isso indica que estamos, definitivamente, no caminho certo do ponto de vista da recuperação da atividade econômica”, completou.
Fevereiro, entretanto, não contempla o período de restrições das atividades, impostas por diversos estados e municípios para o enfrentamento à nova onda de casos de Covid-19. Nesse sentido, para Guedes, o foco do governo agora deve ser a vacinação em massa da população, “principalmente dos 40 milhões de brasileiros do mercado informal”, que é o grupo mais vulnerável que foi atendido pelo auxílio emergencial do governo federal.
De acordo com o ministro, cerca de 10% das novas admissões, 173 mil vagas, foram no setor de serviços, que é o mais sensível também para a informalidade. “Nós precisamos vacinar em massa para que o brasileiro informal, os quase 40 milhões de invisíveis, não fiquem nessa escolha cruel entre sair [para trabalhar] e ser abatidos pelo vírus ou ficar em casa e ser abatido pela fome”, disse.