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Três Lagoas

Três Lagoas perde 100 CNPJs em 2015

Dados da Junta Comercial revelam mortalidade de empresas da cidade

Em média, 12 empresas fecham as portas por mês, em Três Lagoas  - Elias Dias
Em média, 12 empresas fecham as portas por mês, em Três Lagoas - Elias Dias

Nos oito primeiro meses deste ano, 100 empresas fecharam as portas em Três Lagoas. O número é 35% maior que o total de empresas extintas no mesmo período do ano passado. De janeiro a agosto de 2014, 74 empresas desapareceram. Os dados são da Junta Comercial do Mato Grosso do Sul (Jucems) e não incluem o Micro Empreendedor Individual.

O número de empresas constituídas em Três Lagoas neste ano também é inferior ao do ano passado. De janeiro a agosto de 2014, surgiram 295 empresas, enquanto no mesmo período de 2015, foram 257, uma redução de 12,9%.

Atualmente, Três Lagoas tem 8.731 empresas funcionando, conforme a Jucems.

No Estado de Mato Grosso do Sul, o número de empresas extintas nos oito primeiro meses deste ano também já é superior ao do mesmo período de 2014. De janeiro a agosto do ano passado, 1.251 empresas fecharam as portas no Estado; no mesmo período deste ano, foram 1.565.

O número de empresas constituídas, neste ano, no Estado também é inferior à quantidade de empreendimentos abertos no ano passado: 5.499 contra 4.807, uma redução de 12,58% se comparado ao mesmo período de 2014. No Estado, há hoje 186.794 empresas em funcionamento.

Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Três Lagoas, Atílio D’ Gosto, o fechamento de empresas reflete a crise econômica que atinge o País. Além disso, em Três Lagoas, segundo ele, a situação se agravou em razão da paralisação de obras da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras. “Muitas empresas foram abertas para atender à demanda da fábrica da Petrobras e, com a paralisação das obras, houve uma diminuição desta demanda”, observou Atílio.

Ainda de acordo com Atílio, a crise atinge os principais meios de consumo e também recai sobre a geração de empregos e o funcionamento dos estabelecimentos. “As empresas que não estavam preparadas, infelizmente não conseguiram se sustentar e acabaram fechando”, avaliou.