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Três Lagoas pode receber mais de R$ 10 milhões em ações mitigadoras

Recursos ajudarão a minimizar impactos causados pela ampliação das fábricas

Empresas entraram com pedido de licenças ambientais de instalação e aguardam análises de mercado - Arquivo/JP
Empresas entraram com pedido de licenças ambientais de instalação e aguardam análises de mercado - Arquivo/JP

Caso se confirme as ampliações da Fibria e da Eldorado Brasil, Três Lagoas poderá receber mais de R$ 10 milhões em ações mitigadoras para diminuir os impactos causados na cidade com a expansão das indústrias de celulose. O valor deve aumentar um pouco com a ampliação da Cargill Agrícola e também com a possibilidade de expansão da Internacional Paper (IP).

De acordo com o presidente do Comitê de Desenvolvimento Sustentável (Condesus), Milton Gomes Silveira, o valor do recurso mitigatórios em relação à expansão da Eldorado já foi definido. Caso a empresa concretize o projeto de ampliação da fábrica, terá que destinar ao município, R$ 5 milhões em ações mitigadoras. Silveira disse que esse valor já foi definido em comum acordo com a empresa, com base no montante que a Eldorado pretende investir na expansão da fábrica.

Segundo o presidente do Condesus, também já está prestes a ser “batido o martelo” com a Fibria. Caso a empresa também confirme a sua expansão, deverá destinar ao município cerca de R$ 6 milhões em ações mitigadoras. Silveira destacou que a Fibria é uma empresa ‘boa para negociar’ e está faltando apenas chegar a um acordo em relação aos valores, mas que “já está praticamente certo”.

Em relação à Cargill, que pretende iniciar a ampliação da fábrica ainda neste ano, o comitê avaliou que seria necessário R$ 1,3 milhão. Em contrapartida, a empresa ofereceu R$ 300 mil. Entretanto, durante reunião realizada na última sexta-feira, houve avanço nas negociações e a empresa estaria disposta a destinar 50% do valor avaliado pelo conselho. Além dessas três empresas, o Condesus já iniciou também uma conversa com a IP, que também pretende ampliar a fábrica de papel em Três Lagoas. O Conselho estima pleitear cerca de R$ 1 milhão da IP para investir em ações mitigadoras.

O COMITÊ

O Comitê de Desenvolvimento Sustentável foi criado em 2011 com a finalidade de intermediar as ações mitigadoras das grandes empresas que pretendem se instalar em Três Lagoas, ou expandir suas fábricas já instaladas no município. O comitê, formado por representantes de diversos segmentos da sociedade, analisa os principais impactos causados no período de execução dessas obras e propõe medidas para minimizá-las.

De acordo com o presidente do comitê, os principais impactos estão relacionados com a quantidade de trabalhadores que vêm para Três Lagoas no período das obras. Por isso, as ações mitigatórias devem ser voltadas para as áreas da saúde, segurança pública e assistência social.