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Três Lagoas tem 17, 3 mil famílias em situação de pobreza

Famílias moram em casas sem as mínimas condições de conforto

Famílias moram em casas sem as mínimas condições de conforto - Ana Cristina Santos/JP
Famílias moram em casas sem as mínimas condições de conforto - Ana Cristina Santos/JP

De acordo com o Cadastro Único (CadÚnico), do governo federal, Três Lagoas tem 17.307 famílias consideradas de baixa renda- aquelas com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Ainda segundo o CadÚnico, que reúne informações socioeconômicas das famílias brasileiras de baixa renda, até dezembro de 2020, Três Lagoas tinha 4.350 famílias com renda per capita de até R$ 89, 2.455 com renda per capita entre R$ 89 e R$ 178, 5.019 com renda per capita entre R$ 178 e meio salário mínimo.

De acordo com o cadastro, neste mês de fevereiro, 4.058 famílias receberam o benefício do Bolsa Família, em Três Lagoas, o que representa uma cobertura de 115,3% da estimativa de famílias pobres do município.

No início da pandemia, o governo substitui o Bolsa Família pelo auxílio emergencial, que permitiu que a parte mais frágil da população se protegesse da Covid-19. De abril a setembro do ano passado, o pagamento foi de R$ 600 ou R$ 1.200 no caso das mães que criam filhos sozinhas. A partir de outubro, caiu pela metade. Em dezembro, o auxílio chegou ao fim com a volta do Bolsa Família, com valores inferiores ao do auxílio.

Luana de Souza Rosa, tem três filhos, e sobrevive com uma renda de R$ 212. Antes, estava recebendo R$ 1,2 mil do auxílio. Ela disse que a situação está complicada diante dos produtos que só têm reajuste. Com o gás de cozinha a quase R$ 90, o jeito, segundo Luana, será cozinhar no fogão à lenha. “Com R$ 212 não dá para comprar quase nada. Quando eu recebia o auxílio dava para fazer compra no mercado para meus filhos, agora não”, relatou Luana, que mora em uma casa de duas peças, construída na área invadida na saída para Brasilândia.

Em outro ponto da cidade, no Jardim das Primaveras, está a jovem Erilaine Almeida, de 22 anos, com dois filhos, e que sobrevive também com R$ 200 do Bolsa Família, e de algum dinheiro que entra com a venda de produtos de limpeza que o marido vende.