Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 5,, ficou decidido que os empresários de Três Lagoas que forneceram bens e prestaram serviços para o Consórcio UFN 3 na construção da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras, vão receber seus créditos, que hoje está estimado em R$ 12 milhões, segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, Atílio D’ Agosto.
Atílio e a prefeita Márcia Moura participaram na tarde de ontem, de uma reunião por teleconferência com representantes da Petrobras, da Galvão Engenharia e da Sinopec para tratar sobre a o pagamento da dívida do Consórcio com os fornecedores locais. Segundo Atílio, ficou acertado que na próxima terça-feira, uma comitiva, formada por representantes das empresas devedoras e a Petrobras, estarão em Três Lagoas para divulgar um cronograma de pagamento aos seus credores.
Ao presidente da Associação Comercial e Industrial foi solicitado que seja feito pela entidade o levantamento do valor real da dívida junto aos empresários para que o pagamento seja programado. Não foi antecipado qual empresa arcará com o pagamento desta dívida.
Segundo Atílio, essa dívida poderá ser paga em até três parcelas a cada dez dias. “O importante é que os empresários vão receber ainda em janeiro. A Associação Comercial juntamente com a prefeita Márcia Moura tem se empenhado bastante para que esses empresários recebam seus créditos e não fiquem no prejuízo”, salientou.
Em relação à fábrica de fertilizantes, ainda não ficou definido quando a sua construção será retomada. Nesta semana esta prevista reunião para discutir essa questão, mas concretamente já está decidido de que o Consórcio UFN 3 não participa mais dessa construção em consequência da rescisão do contrato com a Petrobras.A Galvão Engenharia, empresa que integrava o Consórcio deixa a sua participação em consequência da Operação Lava Jato e da declaração de sua inidoneidade para participar de obras públicas, juntamente com outras vinte e duas empreiteiras do país.
A Sinopec, que é uma empresa chinesa, e que integra o Consórcio da UFN 3, poderá assumir a construção da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas. A Petrobras analisa esta hipóstase. Por outro lado, pode ser aberta um novo processo licitatório. Entretanto, uma nova licitação poderá ser aberta, considerando o rompimento de contrato com uma das empresas do Consórcio. Esta situação poderá retardar o reinicio da construção da fábrica. Informações extraoficiais dão conta que a Petrobras está em vias de contratar empresar para manter em estado de conservação obras e equipamentos já instalados na fábrica, a fim de que os mesmos não se deteriorem pela falta de uso. Caso está hipótese se concretize, também, dificilmente, segundo observadores a construção será retomada no prazo de seis meses a um ano.