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Vinte e três empresas são impedidas de negociar com a Petrobras

Lista foi feita com base em depoimentos da Operação Lava Jato

Combinação de empresas feria interesses da Petrobras - Ricardo Moraes/Reuters/VEJA)
Combinação de empresas feria interesses da Petrobras - Ricardo Moraes/Reuters/VEJA)

A Diretoria Executiva da Petrobras decidiu na noite de segunda-feira impedir que 23 empresas investigadas pela Operação Lava Jato por formação de cartel participem de licitações ou firmem contratos com a estatal. Elas são acusadas de combinarem preços e resultados de leilões da petroleira. Os diretores entenderam que as empresas agiam contra os interesses da Petrobras. 

Entre as bloqueadas estão Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. A lista foi feita com base nos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e os empresário Julio Gerin de Almeida Camargo, do Grupo Toyo, e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, do Grupo Setal. 

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A Petrobras também informou que os escritórios Trench, Rossi e Watanabe Advogados e Gibson, Dunn & Crutcher, contratados pela estatal para investigações independentes relacionadas à Operação Lava Jato, identificaram possível relação entre os fatos que estão sendo apurados na empresa também com a Petros, empresa que administra o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras. Assim, as investigações se estenderão para a Petros também. 

Balanço – Parte da crise de confiança dos acionistas com a estatal também está ligada ao atraso na divulgação de seu balanço trimestral. A empresa informou que só irá soltar seu relatório com as demonstrações contábeis do terceiro trimestre deste ano em janeiro de 2015 e sem o relatório de revisão do seu auditor externo, a PricewaterhouseCoopers (PwC).

"Com esse prazo, a companhia estará atendendo suas obrigações dentro do tempo estabelecido pelos seus contratos financeiros, considerados os períodos de tolerância contratuais aplicáveis, e de modo a evitar o vencimento antecipado da dívida pelos credores", afirma a empresa em comunicado ao mercado divulgado nesta terça-feira. 

A companhia comentou ainda que está revisando seu planejamento para 2015, buscando preservar seu caixa, de forma a viabilizar os investimentos sem a necessidade de captar dinheiro junto ao mercado. Entre as medidas que poderão ser tomadas estão a antecipação de recebíveis, a redução do ritmo dos investimentos em alguns projetos, a revisão de estratégias de preços de produtos e a redução de custos operacionais em atividades ainda não alcançadas pelos programas estruturantes.

(Com Estadão Conteúdo)