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Visita técnica potencializa turístico do Parque Estadual

Parque Estadual das Várzeas do rio Ivinhema tem 73 mil hectares

Os mais de 70 mil hectares de áreas englobam trecho de Mata Atlântica, Cerrado e Várzea, com vasta fauna e flora - Divulgação/Semagro
Os mais de 70 mil hectares de áreas englobam trecho de Mata Atlântica, Cerrado e Várzea, com vasta fauna e flora - Divulgação/Semagro

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) realizou uma visita técnica no Parque Estadual das Várzeas do rio Ivinhema na semana passada a fim de mostrar para autoridades regionais o potencial turístico da Unidade de Conservação.

O parque de 73 mil hectares está localizado na região Sul de Mato Grosso do Sul e tem 105 km banhados pelo rio Ivinhema. A reserva também faz divisa com o Paraná, através do rio Paraná com 80 km de extensão.

Com grande potencial para o ecoturismo, o parque criado há 20 anos busca parceiros para iniciar o recebimento de visitantes. O Imasul está revisando o Plano de Manejo do Parque e, para isso, lançou edital recentemente com foco no uso público. A revisão está sendo feita pela ONG Neotropica e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que têm 270 dias para entregar o documento.

A equipe formada por técnicos do Imasul, da Fundação de Turismo,  dos municípios de Jateí, Taquarussu e Naviraí, e do Consórcio Intermunicipal da Apa Federal do Noroeste do Paraná (Comafen), percorreu 85 km pelos rios do Parque, o Ivinhema, o Paraná e o canal do Ipoitã.

São várias as opções para iniciar o turismo no parque, porém em todas deve ser considerado a questão logística. Em primeiro momento, atender a demanda do Paraná parece o mais viável, visto que o Estado fica a poucos quilômetros da unidade de conservação, na travessia pelo rio e já desenvolve um trabalho solidificado de ecoturismo.

Para avaliar as possibilidades e fortalecer os laços com os municípios sul-mato-grossenses, a coordenadora geral do Comafen, Anaclara Ramazotti de Camargo, participou do passeio. “Nós já temos um planejamento de Turismo e viemos a convite do Imasul para aplicar esse estudo aqui. Via  barco, estamos muito perto do Mato Grosso do Sul e temos a intenção de viabilizar o uso com cooperativas, fomentando a economia local e gerando emprego com a utilização do parque de forma responsável”.

Em Mato Grosso do Sul, os representantes dos três municípios que formam o parque, também estão otimistas com o uso turístico do bem natural. Em uma das entradas, por Taquarussu, os turistas chegariam pelo rio Ivinhema, para atividades que envolvem a navegação e a flutuação pelos rios, esporte de aventura, ecoturismo, além dos hotéis fazendas nas cidades próximas.

Prefeito de Taquarussu, Roberto Tavares Almeida, destacou que o potencial é grande, mas é preciso empenho e divulgação para que o parque passe a ser turístico. “Essa ação é o primeiro passo efetivo para iniciar o turismo aqui”. O prefeito de Jateí, Eraldo Jorge Leite, corrobora com a informação e afirma que os municípios estão dispostos a atuar de forma efetiva para o novo passo, principalmente com o desenvolvimento da infraestrutura local para receber visitantes.

O Parque

Criado em dezembro de 1998, o Parque Estadual das Várzeas do rio Ivinhema é fruto de compensação ambiental paga ao governo de Mato Grosso do Sul pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), pela construção da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta no rio Paraná. O Governo do Estado transformou a área de preservação em parque há 20 anos, para garantir a preservação ambiental do último trecho do rio sem barragens.

Os mais de 70 mil hectares de áreas englobam trecho de Mata Atlântica, Cerrado e Várzea, com vasta fauna e flora. O objetivo do parque é proteger a biodiversidade existente, mas promovendo a preservação, a pesquisa e o turismo na região. Hoje, cinco funcionários fazem a manutenção do local, sendo um efetivo do Imasul e quatro terceirizados.

O parque conta ainda com um Conselho Construtivo, que apoia a gestão da unidade ambiental. Formado por representantes da sociedade, como universidades, órgãos ambientais, ONGs, moradores e prefeituras, o conselho se reúne a cada três meses no local. (Com informações da Semagro)