Na última quinta-feira, a Folha da Região passou a publicar a coluna semanal do professor Pasquale Cipro Neto. Conhecido do público por sua participação frequente em programas de televisão e pelos textos também semanais no jornal Folha de S. Paulo, Pasquale já virou um professor-celebridade, ainda que não goste muito de ser tratado dessa forma.
Abordado na rua "nas mais variadas situações", diz ele, costuma tirar dúvidas de leitores e telespectadores que o param para perguntar como se usa um verbo, onde se aplicam as crases ou simplesmente para saber a grafia das palavras. Sempre ocupado, ele divide o tempo entre diversos compromissos profissionais, como cursos, palestras, a preparação da coluna e a gravação de boletins sobre o uso correto da Língua Portuguesa, que vão ao ar diariamente na TV Cultura.
Na noite da última quinta-feira, entre um compromisso e outro, ele atendeu a reportagem por telefone em sua casa, em São Paulo. Bem-humorado, ele contou de onde tira inspiração para os textos que veicula na imprensa, sobre sua relação com os leitores e os trabalhos que pretende desenvolver no segundo semestre.
Como surge a inspiração para as colunas? De onde o senhor tira o tema que vai abordar na semana seguinte?
A prioridade é sempre um assunto quente: alguma frase que saiu em algum lugar, uma declaração de alguma personalidade, uma propaganda que esteja no ar, uma palavra nova. Quando não acontece nada disso, eu posso ir tanto pela letra de uma música ou poesia, quanto pelo lado dos leitores, que sempre escrevem. Existem muitas perguntas, sempre existe material para trabalhar.
Como é a reação dos leitores depois da coluna escrita? Eles participam, comentam o assunto abordado? Mandam dúvidas?
Sim. As mensagens são realmente numerosas, são muitas. Eu não consigo responder a quantidade que eu gostaria. Eu respondo algumas. Outras vezes eu respondo simplesmente "obrigado pela mensagem". Se eu me dispuser a responder todas, eu não faço mais nada na vida (risos).