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Pesquisa aponta variação de quase 200% nos valores de mensalidades de cursos superiores

No interior do Estado dos 48 cursos das dez instituições o aumento foi ainda maior comparado com o ano passado

O Procon realizou uma pesquisa dos preços de cursos superiores na Capital e no interior. Ao todo foram pesquisados 17 instituições e cem cursos. Na Capital foram sete Instituições de Ensino Superior em 52 cursos diferentes. A mesma pesquisa foi feita no ano passado e desta forma foi comparada a evolução dos preços, que apontou um aumento médio de 4,73%.

Já no interior do Estado dos 48 cursos das dez instituições o aumento foi ainda maior comparado com o ano passado: os  preços subiram em média  9,24%.

O Procon ressalta que para a realização da pesquisa não foi considerada a qualidade dos cursos apenas o preço, como por exemplo, o fato de ser Universidade ou não, o corpo de professores, bibliotecas, laboratórios, enfim, diferenciais que podem justificar as variações de preços.

Na Capital os cursos que mais tiveram diferença de preço foram: Comunicação  Social com ênfase em Publicidade e Propaganda. O valor da mensalidade variou entre R$ 257,53 até R$ 766,40, o que representa variação de 197,60%. Também acima dos 100% tivemos Ciência da Computação no período diurno com variações de 183,46%; o curso de Administração diurno ficou em terceiro lugar no ranking com variação de 160,16%; Tecnologia em multimídia apontou variação 157,51%; e o curso de Tecnologia em Redes de Computadores ficou em quinto lugar com 127,02%.

A pesquisa também comparou os valores das duas maiores Universidade da Capital, em que a média dos preços ficou semelhante. A Universidade Católica Dom Bosco foi a que apresentou o maior número de cursos, foram 35 dos 52 pesquisados, já a Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal- Anhanguera disponibilizou 33. Ambas apresentaram a mesma proporção de valores. Na Uniderp seis cursos ficaram entre os mais baratos e 20  dos 33 apontaram valores elevados, enquanto na UCDB também seis ficaram entre os mais baratos e 22  dos 35 cursos ficaram entre os mais caros. A questão então volta à análise da qualidade de ensino e de estruturas, imprescindível ao aluno, sendo o preço uma consequência disso.

No interior as variações não foram tão grandes quanto na Capital. O Curso de Ciências Contábeis foi o que mais apontou variação, com  47,50%. Completando a lista das maiores variações temos Tecnologia em analise de Desenvolvimento de Sistema, com  30%; Administração apontou uma variação de  29,52%;  Pedagogia apontou 23,29%  e para encerrar, com 21,50 % de variação, Radiologia.

O objetivo da pesquisa é mostrar as variações de valores  mas o superintendente do Procon ressalta que a qualidade das instituições deve ser considerada pelo alunos. “Enfim, nossa pesquisa revela preços, um elemento que, em se tratando de educação, é sem dúvida secundária diante da qualidade de ensino que a instituição de ensino superior pode lhe oferecer e isso não há pesquisa que consiga revelar com precisão, é necessário que o aluno tenha esse discernimento”, explica Lamartine Ribeiro.