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Júri

Feminicídio de Valéria é julgado nesta quinta em Paranaíba

Serão disponibilizadas dez vagas para as famílias dos envolvidos

O casal namorou por alguns meses, mas ela decidiu acabar com o relacionamento, em seguida, passou a sofrer ameaças - Arquivo Pessoal
O casal namorou por alguns meses, mas ela decidiu acabar com o relacionamento, em seguida, passou a sofrer ameaças - Arquivo Pessoal

Sérgio da Silva Vergínio, que matou Valéria Ribeiro de Oliveira, 30 anos, a golpes de facas diante dos filhos, em maio do ano passado é levado a julgamento nesta quinta-feira. O júri será aberto ao público, mas com limitações.

Conforme determinação da juíza Nária Cassiana Silva Barros, serão disponibilizadas dez vagas para a família, sendo cinco para parentes do réu e cinco para a vítima, cinco para estudantes de direito e cinco vagas para a sociedade em geral. A condição, no entanto, é que a pessoa interessada tenha tomado pelo menos a 1ª dose da vacina contra a Covid-19.

Sérgio é julgado por homicídio qualificado por motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio.

Na acusação atuará o promotor de justiça Leonardo Dumont Palmertston, e a defesa ficará a cargo do defensor público Bruno Augusto de Resende Louzada.

O caso

Valéria foi morta na noite de 14 de maio após ser rendida por Sérgio quando chegou em casa. Armado, o homem efetuou disparos, mas ela conseguiu desarmá-lo. A filha recolheu a arma e jogou na calçada, fora do imóvel.

Porém, o agressor foi até à cozinha, pegou uma faca com 20 centímetros de lâmina e atacou a ex-namorada. A cena foi gravada por moradores da região. A filha de Valéria foi a única que correu para ajudar. Sozinha ela implorou para Sérgio não ferir a mãe. Os vizinhos chamaram a Polícia Militar e filmaram o desespero da menina até as equipes chegarem.

Diante da gravidade, a vítima foi levada pela viatura da PM, depois de 200 metros, foi transferida para viatura do Corpo de Bombeiros, mas ela morreu durante procedimento cirúrgico no hospital.

O casal namorou por alguns meses, mas ela decidiu acabar com o relacionamento. Em seguida, passou a sofrer ameaças e até fez uma obra para subir o muro de casa após Sérgio ter entrado no imóvel, dias antes do feminicídio.

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