A cidade que não cumprir o cronograma de exigências para a Copa do Mundo de 2014 pode ser substituída, disse o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, no início de um simpósio que reúne as 12 cidades brasileiras que receberão jogos do Mundial.
"Tenho certeza que todos vão cumprir seus cronogramas, mas quem não cumprir pode ser substituído ao longo do tempo. O cumprimento dos prazos é fatal", alertou o dirigente nesta segunda-feira.
Em 31 de maio, a Fifa anunciou as cidades que sediarão a Copa no Brasil. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Durante o simpósio no Rio de Janeiro, haverá reuniões individuais com os representantes de cada uma das cidades para tratar "de questões específicas, em especial requisitos técnicos referentes aos estádios e à infraestrutura básica", disse a CBF.
Presente na abertura oficial do evento, o ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou que o "jogo da Copa de 2014" começou nesta segunda-feira.
"Há uma frase no Brasil que diz que treino é treino e jogo é jogo. Até a escolha das sedes era treino e, agora, com as sedes definidas, é hora de entrar em campo e mostrar serviço", declarou o ministro.
Segundo ele, durante o simpósio, que vai até quarta-feira, as cidades poderão tirar suas dúvidas sobre as exigências feitas pela Fifa. "O trabalho começa para valer e tem que ser sério para cumprir cronogramas."
O ministro revelou que um estudo da Fundação Getúlio Vargas, a pedido da CBF, aponta para a geração de pelo menos 3,5 milhões de empregos diretos com o Mundial no Brasil.
"Serão muitas obras e serviços envolvidos antes e durante a Copa no Brasil", disse ele. "Será mais uma medida anticíclica do país diante da crise, uma vez que serão feitos investimentos em um momento de crise mundial", acrescentou.
Ele adiantou que iniciou negociações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para financiar os projetos de infraestrutura, logística e transporte das cidades que serão sede da Copa.
"O comitê organizador se reuniu com o BNDES e eles têm interesse de participar dos projetos da Copa. Os números ainda não estão definidos", concluiu Orlando Silva.