A seleção da Espanha mostrou neste domingo porque é a primeira colocada do ranking da Fifa e atual campeã da Eurocopa. Jogando no estádio Royal Bafokeng, em Rustenburg, a Fúria massacrou a modesta Nova Zelândia por 5 a 0 na estreia das duas seleções na Copa das Confederações e mostrou que é, de fato, uma das favoritas ao título.
Com o resultado, a equipe do técnico Vicente Del Bosque manteve uma invencibilidade de 33 partidas (não perde desde 15 de novembro de 2006, quando foi superada pela Romênia por 1 a 0) e assumiu a liderança do grupo A com três pontos.
Iraque e África do Sul, que empataram em 0 a 0 mais cedo em Johanesburgo, dividem o segundo lugar com um ponto. De quebra, a Espanha já tem o artilheiro da competição: Fernando Torres, que anotou três gols na partida.
COMEÇO AVASSALADOR
Apesar do estádio vazio, a Espanha não sentiu falta do calor da torcida e começou pressionando o time da Oceania. E não demorou muito para o show começar. Após assistência de Fábregas, o atacante Fernando Torres, na entrada da área, bateu de chapa com estilo e colocou no canto de Moss aos seis minutos. Foi o primeiro gol da Copa das Confederações 2009.
Com a vantagem no placar, a Fúria seguiu solta e ampliou aos 14 minutos. Riera fez belo lance individual pelo lado esquerdo e tocou para Villa que, esperto e mostrando ótima visão de jogo, rolou para trás. Fernando Torres, mostrando o faro de artilheiro que faz a alegria da torcida do Liverpool, só teve o trabalho de deslocar o goleiro adversário.
Três minutos depois, em nova jogada pela esquerda, o lateral Capdevilla cruzou com precisão na cabeça do atacante dos Reds fazer o terceiro dele na partida e o 23º com a camisa da Espanha na carreira.
“PRESSÃO” DA NOVA ZELÂNDIA
Aos 24, quando tinha mais de 70% de posse de bola, a Fúria chegou ao quarto. Capdevilla atacou mais uma vez de garçom e deu uma assistência para Fábregas colocar no fundo das redes.
Acuada, a Nova Zelândia conseguiu dar sua primeira finalização na partida apenas aos 37 minutos, com o atacante Killen cabeceando sem muita força para defesa de Casillas. Antes do término da primeira etapa, Mulligan, em boa cobrança de falta, obrigou o goleiro do Real Madrid fazer bela intervenção em um raro momento no qual a equipe da Oceania conseguiu manter a bola no campo da Espanha.
No entanto, o segundo tempo veio e a Espanha pisou no acelerador e fez o quinto logo aos três minutos. Fernando Torres deu uma de ponta, driblou dois marcadores e cruzou para área na direção de Villa que, após se aproveitar de uma incrível furada do zagueiro Boyens – que pelo lance merecia figurar no quadro bola murcha do “Fantástico” -, só teve o trabalho de escorar para o gol.
Com o marcador ao seu favor, a Espanha tocou a bola e desperdiçou boas chances de igualar a segunda maior goleada da história da Copa das Confederações que pertence ao Brasil. Em 1997, a equipe canarinho bateu a Austrália por 6 a 0. O placar mais dilatado também pertence à seleção: 8 a 2 na Arábia Saudita, em 1999.
FICHA TÉCNICA:
NOVA ZELÂNDIA 0 x 5 ESPANHA
NOVA ZELÂNDIA: Moss, Mulligan, Lochhead, Vicelich, Boyens, Elliott, Brockie (Christie), Bertos, Brown, Smeltz (James), Killen (Bright). Técnico: Jarrod Smith. ESPANHA: Casillas, Ramos (Arbeloa), Albiol, Puyol, Capdevila, Riera, Xavi (Cazorla), Xabi Alonso, Fábregas, Torres (David Silva), Villa. Técnico: Vicente Del Bosque.
Gols: Fernando Torres, aos 6, 14 e 17 minutos do primeiro tempo; Fábregas, aos 24 do primeiro tempo. Villa, aos três minutos do segundo tempo.
Estádio: Royal Bafokeng, Rustenburg (África do Sul). Data: 14/06/2009. Árbitro: Coffi Codja (BEN). Auxiliares: Komi Konyoh (TOG) e Alexis Fassinou (BEN).