Grama alta, pintura desgastada, falta de energia elétrica… Esses são alguns dos problemas no maior estádio universitário da América Latina. Construído em 1971, e com capacidade para 44.200 pessoas, o Pedro Pedrossian – popular Morenão, está fechado há mais de um ano. As obras começaram ainda em 2022. Está em andamento a segunda etapa, que ainda deve demorar um pouco para ser finalizada, segundo a engenheira Fernanda Fidelis.
“A nossa empresa hoje tem dois contratos. A reforma dos banheiros – são 16 – e 3 vestiários. E temos a implementação de um museu, uma parte que tem em todos os estádios, menos aqui. Acredito que daqui 4 ou 5 meses, as nossas etapas de obras, dos dois contratos, estejam concluídas.”, explica Fernanda.
Apesar da estrutura física estar em boas condições, o estádio ainda apresenta sinais do abandono. A falta de manutenção causou infiltrações nos banheiros que resultaram em danos nas lajes, nos pisos e em algumas paredes. Além disso, várias salas eram usadas como depósito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, responsável pela administração do estádio.
As reformas que estão em andamento não serão suficientes para que o Morenão volte a receber jogos. O estádio que já foi palco de partidas da elite do futebol nacional, ainda precisa de outros reparos, especialmente na parte da segurança.
“Teria que fazer algumas adequações, como degraus intermediários nas arquibancadas, instalações de corrimão e mais algumas coisas que são necessárias para receber os jogos. Porque, se você abre para o público, você tem que dar o suporte total. Em caso de um incêndio, algum sinistro, o pessoal tenha como sair em segurança do estádio. A gente não quer que aconteça, mas se acontece, infelizmente, hoje o estádio não está adequado, segundo os bombeiros.”, afirma a engenheira.
O custo atual da obra, está em 1 milhão e 200 mil reais, segundo o último levantamento disponível no Portal da Transparência da FAPEC (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) que é responsável pela reforma. Ainda serão investidos cerca de 8 milhões ao longo das etapas.
Valdecir Alves é torcedor do Operário e aguarda esperançoso pela volta do grande palco do futebol sul-mato-grossense. “Eu sou frequentador assíduo do Morenão, desde a época dos grandes clássicos entre Comercial e Operário, na década de 80. Os times daqui competiam de igual para igual com times de outros estados, e com o tempo isso foi mudando. Então a gente espera que com essa reforma do Morenão, as estruturas dos clubes também melhorem e a gente possa voltar a ter grandes clássicos. Porque a população gosta de futebol, e tendo um estádio agradável e os clubes com uma estrutura melhor, acho que a gente volta a lotar esse estádio.”, diz.
*Até o momento, não recebemos retorno da FAPEC sobre o prazo para conclusão das obras e liberação do estádio.