O medo de contaminação pelo novo coronavírus tem feito muita gente procurar academias e profissionais de educação física, na busca de baixar o peso e sair de um dos principais grupos de risco.
Em Paranaíba (MS), o crescimento pela procura de academias e orientadores de educação física também aumentou. É o que afirmou à redação do JPNEWS um profissional do setor que preferiu não se identificar para não expor os alunos.
Segundo ele, pessoas sedentárias há muitos anos tem buscado uma mudança radical de vida, não tanto pela saúde, mas pelo medo de uma possível contaminação pelo vírus. “É comum algumas pessoas me procurarem dizendo que querem perder peso porque tem medo da covid. Geralmente essas pessoas querem resultados rápidos e fazem dietas malucas”, afirmou.
Analisando este caso, este comportamento traria mais riscos que benefícios. “O problema é que se a pessoa está fazendo uma dieta sem nenhuma orientação e tendo muita restrição de alimentos, ela pode estar jogando sua imunidade no chão. Ou seja, ela perde peso de forma errada e continua no grupo de risco, talvez de uma forma ainda pior”, afirmou.
De acordo com o educador, o ideal é começar sempre com acompanhamento profissional em todas as áreas e não vislumbrar milagres. “O correto, e o que eu sempre aconselho, é a pessoa que quer perder peso, primeiro fazer isso por uma vida saudável, não por desespero. Segundo, procurar um nutricionista de confiança, para não correr risco de baixar a imunidade. E terceiro, se apaixonar pelo processo. Milagres não existem e a beleza está em evoluir dia após dia.”, pontuou.
De acordo com especialistas, dois novos estudos, um realizado na França e outro nos Estados Unidos, revelam que a obesidade é a condição crônica que mais leva pessoas a serem hospitalizadas pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). A inflamação gerada pelo excesso de peso seria a grande responsável pelas complicações nesses indivíduos. A proporção de contaminados que chegam a ser uso de ventilação mecânica é maior entre os obesos, chegando a 85,7%. Os resultados foram publicados pela revista Veja, ao final de 2020.