RÁDIOS
Três Lagoas, 28 de setembro

A BR-262 e o tempo

Leio o Artigo do Jornal do Povo da edição deste sábado (28)

Por da Redação
28/09/2024 • 06h03
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Louvável o esforço do governo estadual em buscar solução para mitigar as questões que atravancam o fluxo e a segurança dos usuários na BR-262. Trânsito perigoso, às vezes lento por conta de veículos pesados e acidentes de toda ordem. Fantasmas rondam o imaginário de motoristas temerosos em trafegar por essa rodovia.

Inquestionavelmente, é de se reconhecer que há empenho de autoridades do Estado e da União para resolver essa questão. A União transferiu para o Estado a administração da rodovia que por seu turno já lançou edital de concessão para exploração de serviços e o consequente “pedagiamento”, que será imposto como cobrança compensatória. Entretanto, percebe-se que há uma distonia quando se fala em privatização, duplicação e até implantação de terceiras vias ao longo do trecho que liga Três Lagoas - Agua Clara – Ribas do Rio Pardo a Campo Grande entre essas mesmas autoridades.

E, o primeiro desencontro que se tem notícia é de que DNIT já havia conseguido provisionar no seu Orçamento Geral recursos financeiros que assegurariam para o próximo ano o início da duplicação da BR-262 e implantação de terceiras vias adicionais às pistas principais nos dois sentidos de direção nos pontos considerados de gargalo.

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E, o segundo, consta que por conta da estadualização da rodovia o governo estadual para acelerar esse processo preferiu o caminho da privatização por lance na Bolsa de Valores. Entretanto, nesta quinta feira, 26 de setembro, o governo do Estado assinou contrato de financiamento de nossas rodovias na ordem de 2,3 bilhões de reais com o BNDES. Certamente, essa solução permitirá equacionar essa questão sem ser necessário, buscar de pronto terceiros interessados para sua exploração.

Diante do contrato assinando com o BNDES, certamente não será necessário continuar em curso o processo de licitação para exploração de serviços na denominada Rota da Celulose, cuja morosidade e etapas se estenderão por 24 anos para a implantação das benfeitorias desejadas, que incluem duplicação da rodovia e implantação de terceiras pistas.

E no nosso caso, a Três Lagoas em direção a Campo Grande somente daqui seis ou sete anos como previsto neste edital de concessão para um trecho de duplicação de somente 31,4 km partindo de Três Lagoas. Portanto, teríamos que esperar até 2030 ou 2031. É muito tempo! Estamos quase que condenados a continuar convivendo com uma situação de temor e medo diante das possibilidades de ocorrência de acidentes de toda natureza. Portanto, diante da assinatura do contrato de 2,3 bilhões com o BNDES, talvez fosse  esse o momento para se rever a concessão ou privatização da BR-262 e dar início a essa grande obra, que atestará a grandeza dos caminhos que percorremos para o desenvolvimento sócio econômico do nosso Mato Grosso do Sul.   

 

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