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Três Lagoas, 29 de junho

Dia Nacional do Diabetes: Três Lagoas tem 8,3 mil pessoas afetadas pela doença

Condição causa a falta de insulina ou a incapacidade do hormônio de exercer as funções no corpo

Por Any Galvão
26/06/2024 • 12h51
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Nesta quarta-feira, 26 de junho, é celebrado o Dia Nacional do Diabetes. A doença é uma das mais comuns no Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 20 milhões de pessoas já convivem com esta condição no país. A cada dia, mais jovens iniciam o tratamento mais cedo, indicando uma possível negligência nos hábitos alimentares e comportamentais.

A doença causa a falta de insulina ou a incapacidade do hormônio de exercer as funções no corpo, elevando os níveis de glicose no sangue. Em Três Lagoas, aproximadamente 8,3 mil pessoas têm diabetes, sendo a maioria mulheres, com 4,9 mil diagnosticadas, embora esse número possa estar subestimado, conforme a Secretaria Municipal de Saúde.

O aposentado Gerson Ribeiro convive com diabetes há 28 anos, uma condição que também afetou o pai e a irmã dele. Desde o diagnóstico, ele segue um tratamento contínuo acompanhado por profissionais de saúde. “No início, quando comecei a usar insulina, achei difícil, mas depois me acostumei. Durante um período, eu tomava uma dose pela manhã e outra à noite antes de dormir. A médica me disse que minha glicose estava difícil de controlar e prescreveu alguns remédios, o Xigduo e o Nesina, que agora me ajudam muito. Até hoje, consigo controlar bem minha condição, e os médicos que me acompanham costumam elogiar”.

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Com a descoberta da doença, Gerson precisou ter mais atenção com a saúde e a alimentação. “Eu como de tudo, os médicos falam que se eu estiver com vontade de comer algo, não devo me privar. Eu faço doces em casa, mas como em pequenas quantidades. Eles também me cobram por estar fazendo exercícios”.

O diabetes é categorizado em dois tipos principais: tipo 1, mais comum em crianças e jovens, e tipo 2, mais prevalente em adultos acima dos 40 anos. No entanto, ambos têm afetado cada vez mais pessoas jovens, associados principalmente a fatores genéticos, maus hábitos alimentares e sedentarismo, que podem levar à obesidade.

De acordo com o médico e diretor de saúde coletiva, Vinícius Neves, o diabetes tipo 2 tem uma relação familiar importante, mas o estilo de vida é ainda mais determinante. “Há pessoas com histórico familiar de diabetes que conseguem controlar bem a condição e não desenvolvem a doença, enquanto outras desenvolvem mesmo sem histórico familiar. Os fatores de risco como alimentação, peso e atividade física são cruciais; embora não se possa controlar o histórico familiar, é possível mitigar esses fatores e reduzir as chances de desenvolver diabetes”, explica.

Se não tratado, o diabetes pode evoluir para condições graves como hipertensão e aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC), uma das principais causas de morte no Brasil. O tratamento inclui mudanças nos hábitos e na alimentação para controlar os níveis de açúcar no sangue. “A primeira etapa é o controle da alimentação, seguido pela orientação de um profissional, preferencialmente um nutricionista, que pode ajudar a pessoa a manter os alimentos que ela gosta sem comprometer o controle do açúcar no sangue. Além disso, é fundamental a utilização de medicações necessárias, juntamente com uma prática regular de atividade física. A atividade física pode ser escolhida de acordo com a preferência da pessoa, seja caminhada, academia, dança, esportes, ou qualquer outra, desde que ajude na queima de calorias. Esses três componentes são essenciais para um controle adequado da diabetes: medicação, controle alimentar e atividade física regular”, Vinícius orienta.

Avanços científicos têm proporcionado novas opções de tratamento e medicamentos. Alguns desses avanços foram incorporados pelo SUS, como o medidor de glicose pelo dedo. Já os dispositivos subcutâneos e bolsas de insulina estão disponíveis apenas na rede privada, o que pode limitar o acesso devido aos altos custos.

Três Lagoas oferece um programa abrangente de controle e combate ao diabetes, com uma equipe multiprofissional composta por educadores físicos, nutricionistas, psicólogos e clínicos especializados, visando melhorar a qualidade de vida das pessoas que dependem desse tratamento.

Confira a reportagem abaixo:

 

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