Prefeitura não emite alvará e igreja evangélica pode ser fechada em Três Lagoas. - Foto: Reprodução/TVC Uma igreja evangélica construída por haitianos, no bairro Real Park, em Três Lagoas corre o risco de ser fechada por falta de alvará. A prefeitura não emitiu o documento, que autoriza o funcionamento do templo, devido a exigências não realizadas pelos proprietários.
O pastor, Lurdes Jean Luis, contou que fiscais da prefeitura foram várias vezes na obra de construção da igreja exigir documentos. “Pediram para construirmos um estacionamento com vaga para seis carros, sabendo que não temos recursos e espaço no terreno”, disse.
Os haitianos contaram que deixaram o país de origem em busca de novas oportunidades em Três Lagoas. “Construímos o templo com muito esforço. Compramos o terreno parcelado, e, é difícil pagarmos, pois somos imigrantes e estrangeiros. Viemos buscar uma vida melhor para sustentarmos nossas famílias”, contou.
Segundo o pastor, caso não seja construído o estacionamento o alvará não será emitido pela prefeitura e eles deverão desocupar a igreja, que é um lugar de refúgio para eles. “A vida no Haiti está muito difícil. Essa é uma oportunidade de criar nossa família longe da violência da guerra”, expressou.
Nossa equipe de reportagem solicitou à Prefeitura de Três Lagoas esclarecimento sobre as exigências feitas aos haitianos para o funcionamento da igreja e se a regra se aplica a outros templos religiosos, assim como eventos onde há aglomerações de pessoas, mas não obtivemos resposta.
Atualização
Nesta sexta-feira (28), a Prefeitura de Três Lagoas se posicionou sobre o assunto. Confira a nota na íntegra abaixo:
"Essa obra em questão recebeu orientação tanto da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Trânsito (Seintra) quanto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedect) em relação às regras de construção de acordo com a legislação e, assim como já informado pelas pastas aos responsáveis pela obra, ambas estão à disposição para novas orientações e retirada de dúvidas por parte deles." (Nota da Prefeitura de Três Lagoas)
Veja na reportagem abaixo:
