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Meio Ambiente

Indústrias buscam alternativas sustentáveis para reduzir volume de resíduos nos aterros

O caminho rumo à sustentabilidade não tem mais volta e tornou-se uma necessidade para a longevidade da humanidade

Indústrias de celulose trabalham com o reaproveitamento de madeira e insumos. - Divulgação
Indústrias de celulose trabalham com o reaproveitamento de madeira e insumos. - Divulgação

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi comemorado nesta semana, 5 de junho. Ao longo do mês de junho várias ações e palestras com o tema ambiental estão sendo realizadas em todo o mundo. Em Três Lagoas, houve plantio de árvores e a inauguração de um muro para conscientização ambiental, instruindo para lixeiras instaladas para a destinação correta de cada tipo de material reciclável. O projeto é desenvolvido pela cooperativa Arara Azul, em parceria com a Suzano e a Missão Salesiana.

Em Três Lagoas, as indústrias da celulose, tem buscado alternativas sustentáveis para reduzir o volume de resíduos destinados aos aterros sanitários, visando aumentar a eficiência da planta industrial. O caminho rumo à sustentabilidade não tem mais volta e tornou-se uma necessidade para a longevidade da humanidade.

A Suzano, que tem duas unidades de celulose em Três Lagoas, e que está construindo a terceira fábrica em Ribas do Rio Pardo, triplicou a capacidade de reaproveitamento de resíduos inorgânicos e orgânicos da indústria para a produção de corretivos de solo, substratos e fertilizantes que são aplicados nas florestas da empresa em Mato Grosso do Sul. A conquista é resultado da ampliação e modernização da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos da unidade com o objetivo de reduzir o volume de rejeitos destinados ao seu aterro.

Central de Tratamento de Resíduos 

A Central de Tratamento de Resíduos começou com a produção de insumos que atuam como corretivos de solo, semelhante ao calcário. Já em 2021, a Central foi ampliada, incluindo também a planta de Fertilizantes Orgânicos. Entre os anos de 2021 e 2022, foram produzidas mais de 109,3 mil toneladas de insumos agrícolas, corretivos para o solo e fertilizantes, gerados a partir de resíduos florestais e industriais na unidade de Três Lagoas. 

O fertilizante produzido é resultado do processamento de lodos biológicos de Estação de Tratamento de Efluentes e de cascas de eucalipto que seriam descartadas. Já para a produção de corretivos de solo, são utilizados resíduos industriais inorgânicos – subprodutos gerados no processamento da celulose; lama de cal e cinzas de biomassa. Toda a produção de corretivos de solo, que atuam como substitutos do calcário, é destinada para as florestas da Suzano, representando cerca de 58% do consumo total de insumos utilizados pelo setor florestal. 

Já a produção de fertilizantes orgânicos é disponibilizada ao mercado agrícola de Mato Grosso do Sul e do Estado de São Paulo e atende instituições apoiadas pela companhia por meio de projetos de desenvolvimento social, que buscam o fortalecimento da agricultura familiar em Mato Grosso do Sul. “A central de tratamento de resíduos da Unidade Três Lagoas veio para aumentar a competitividade da nossa unidade e tornar o nosso ciclo operacional ainda mais sustentável. O que antes era descarte, se transforma em insumos agrícolas, retornando para as nossas florestas e para o mercado agrícola”, destaca Eduardo Ferraz, gerente Executivo Industrial da Suzano em Três Lagoas.

ENERGIA LIMPA

A Eldorado Brasil, outra gigante da celulose instalada em Três Lagoas também é autossuficiente em energia limpa e renovável, gerada a partir da biomassa de materiais não aproveitados no processo produtivo como a lignina e resíduos de madeira. Essa biomassa é processada em uma caldeira especial, que produz vapor e movimenta duas turbinas responsáveis pela geração da energia. Essa dinâmica garante energia verde, de base renovável, para as operações da planta e para as indústrias parceiras localizadas no complexo industrial. O excedente é injetado no Sistema Elétrico Nacional, para comercialização.