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Três Lagoas, 07 de setembro

Superlotação e atrasos em ônibus interestadual geram reclamação de usuários

Passageiros apontam também a falta de manutenção dos veículos que fazem a linha para Três Lagoas

Por Sidney Cardoso e Israel Espíndola
25/06/2024 • 10h49
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Trabalhadores e estudantes das cidades de Andradina (SP) e Castilho (SP), que utilizam a linha interestadual para Três Lagoas, reclamam da superlotação de passageiros e atrasos dos ônibus em dias comuns.  

Imagens feitas por usuários revelam a situação enfrentada por eles. Há meses, a Expresso Adamantina, empresa responsável pelo serviço, estaria apresentando baixa qualidade no serviço, principalmente, no itinerário Andradina à Três Lagoas.    

Além da superlotação, as pessoas reclamam também da falta de manutenção dos ônibus que estariam em situação precária. A garçonete Márcia Gatti mora em Andradina-SP e vem à MS, diariamente. 

“Eu trabalho de garçonete em Três Lagoas e dependo da Viação Expresso Diamantina durante seis dias na semana. E a situação está muito precária com os horários e ônibus superlotado. Quase todos os dias, os ônibus quebram, furam pneus”, contou Márcia.

A universitária Carolina Nascimento, que também mora em Andradina, depende de ônibus para estudar em Três Lagoas. Ela sai de casa pela manhã e retorna à noite. Diz que perde muito tempo esperando no ponto de ônibus, já que a empresa reduziu a frota que fazia o itinerário.  

De acordo com os usuários, a situação vem se agravando desde o início do ano, com a falta de motorista e de manutenção nos ônibus. Os bilhetes das passagens são vendidos na rodoviária de Três Lagoas e no site da empresa por R$ 16,33, com dois horários diários.

A nossa equipe de reportagem tentou, por várias vezes, contato com a empresa pelo 0800 que está no site, para saber se irão aumentar a frota que faz esse itinerário e sobre as condições da manutenção dos ônibus, mas a resposta sempre era a mesma. “Nesse momento, todos as linhas do serviço solicitado encontram-se ocupadas. Por favor, ligue daqui a alguns minutos”.  

Para a Laudeci, que mora em Castilho e também trabalha em Três Lagoas, os passageiros enfrentam perigo ao viajar em ônibus superlotado. “Está terrível. É desumano vir no ônibus na situação que estamos vindo. É um em cima do outro. Ajudem a gente”, pediu.   

No estado paulista, a empresa Expresso Adamantina enfrenta um processo judicial que pode comprometer a locomoção dessas pessoas para Três Lagoas. Uma empresa entrou na justiça contra o recurso da agência de transporte de São Paulo, que regula os transportes no interior paulista.

A empresa tenta reverter uma decisão de 13 de junho de 2024, que suspendeu um chamamento público para convocar companhias de ônibus interessadas em operar 50 linhas intermunicipais devolvidas pela Rápido Linense, Viação Adamantina de Transportes – Vat e Expresso Adamantina.

As 50 linhas em questão, segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), atendem 34 mil pessoas por dia em 120 cidades, como: Adamantina, Ilha Solteira, Dracena, Araçatuba, Bauru, Jaú, Pirajuí, Andradina, Tupã e Castilho.

A nossa equipe de reportagem também entrou em contato com a Agência de Regulação de Trânsito Terrestre do Estado de São Paulo, mas não obtivemos resposta até a última atualização dessa matéria. Enquanto isso, a população de Andradina e Castilho, que depende do ônibus para locomoção até Três Lagoas, continua passando por transtornos.

“A situação realmente está crítica. Sem horários. Final de semana também não tem transporte. São ônibus quebrados, motoristas sobrecarregados, mas que têm se esforçado. Além da superlotação”, reclamou a estudante, Ivani.  

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